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Conselho define escultora de estátua de Carmen Miranda
DE SÃO PAULOA escultora paulistana Christina Motta foi escolhida para fazer a estátua de Carmen Miranda (1909-1955) que ficará na praça ao lado do Museu da República, no bairro do Catete, no Rio, com previsão de inauguração no mês de julho deste ano.
A decisão foi tomada por um conselho formado por empresários do Polo Rio Carioca, pela direção do Museu Carmen Miranda, pelo biógrafo da cantora e colunista da Folha, Ruy Castro, e por Daniel Campello, do escritório de advocacia que administra o espólio da artista.
Christina Motta é autora de trabalhos em São Paulo, Belo Horizonte e Rio Branco, e sua escultura mais conhecida é a de Brigitte Bardot, em Búzios, no Estado do Rio.
No ano passado, foi feito um abaixo-assinado pedindo a construção da estátua, que seria erguida no bairro da Lapa ou em Copacabana. Ambos os locais foram negados pelo conselho, que defendeu a ligação de Carmen com o bairro do Catete.
"A Lapa tem muita coisa tombada. Fazer em Copacabana só porque tem a estátua do Drummond lá não é argumento. O movimento do abaixo-assinado foi construtivo, mas amador", disse o advogado Daniel Campello.
Carmen Miranda morou na rua Silveira Martins, no Catete, nos anos 1930. Além dela, os músicos do Bando da Lua, conjunto que a acompanhava, também eram do bairro.
A estátua, cujo valor não foi revelado, será erguida em tamanho natural, e Carmen trará a tradicional baiana -adornos característicos que a "Pequena Notável" usava de enfeite na cabeça.
"A ideia é que a estátua revitalize a região. É preciso voltar a valorizar a memória da cultura brasileira e de seus personagens", diz Rodrigo Lessa, representante do Polo Rio Carioca. (LUCAS NOBILE)