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Crítica / Fantasia

Fábula sobre um zumbi apaixonado acaba com a essência da mítica criatura

ALEXANDRE AGABITI FERNANDEZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O oportunismo é a marca de "Meu Namorado É um Zumbi", adaptação do best-seller "Sangue Quente", de Isaac Marion. O filme aproveita a moda dos zumbis, mas introduz um elemento que arruína a essência da mítica criatura ao apresentar um morto-vivo capaz de se apaixonar.

A história de amor entre um rapaz sobrenatural e uma garota bem vivinha remete à saga "Crepúsculo", que também arrasa com as características tradicionais das criaturas -vampiros, no caso.

Em um futuro próximo, boa parte da humanidade foi destruída por um vírus, que transformou as pessoas em zumbis.

Aterrorizados, os sobreviventes ficam em estado de alerta, temendo investidas de seus antigos semelhantes. Estes foram confinados atrás de muros.

O zumbi R (Nicholas Hoult) salva Julie (Teresa Palmer) de ser atacada por seus companheiros, que vagam em um aeroporto abandonado. Julie faz parte de uma brigada de combate aos zumbis, ao lado do namorado, que é morto por R e tem o cérebro comido pelo assassino. Ao ingerir os miolos, R incorpora a memória e os sentimentos do rapaz e cai de amores pela garota.

Como o amor opera milagres, R vai voltando aos poucos à vida: sua temperatura corporal sobe, ele fica menos pálido, começa a falar e se move de forma cada menos bruscos. Sensível à metamorfose, Julie corresponde ao afeto.

Preocupado com a sorte de seus companheiros zumbis, R percebe que pode salvá-los. Para tanto, o casal precisa superar dificuldades aparentemente intransponíveis.

Além de evidentes paralelos com "A Bela e a Fera", o filme tem similitudes com a história de Romeu e Julieta, cujos amantes também pertencem a clãs que digladiam.

Além do zumbi que ama, a única novidade do filme dirigido por Jonathan Levine, que também assina o roteiro, é contar a história do ponto de vista do morto-vivo.

Mas nem isso é tão inovador, afinal, "Sangue Quente" é em primeira pessoa.


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