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Música

Gabriel O Pensador lança CD 'Sem Crise'

Após anos dedicado à literatura infantil, músico aborda no álbum temas como surfe, violência e cafajestagem

Sétimo disco do rapper tem parceria com Jorge Ben Jor e participações de Carlinhos Brown e de Rogério Flausino

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Aos 38 anos, Gabriel O Pensador não lançava um disco desde 2005. "Sem Crise" está nas lojas e quebra esse "jejum" que parece ter preocupado mais os fãs do que o cantor carioca.

As gravações foram feitas entre 2003 e 2012, período em que não parou com os shows e deu vazão a seu lado escritor. "Ganhei o Jabuti em 2006 e, daí em diante, aumentou muito o número de palestras por causa dos livros." O prêmio citado, o mais tradicional da literatura brasileira, veio com o infantil "Um Garoto Chamado Rorbeto".

"Eu não tive pressa de gravar. Algumas músicas foram colocadas nos shows nesse período. Foi dando certo. 'Surfista' tem uma resposta forte do público", diz, referindo-se à canção "Solitário Surfista", parceria com Jorge Ben Jor, uma das várias colaborações no disco novo.

"Nos últimos anos, eu deixei o surfe muito de lado e ele foi muito importante na minha formação. Quero equilibrar mais a minha vida, me faz falta o surfe."

A lista de convidados nas faixas de "Sem Crise" traz também Carlinhos Brown ("Foi Não Foi"), Nando Reis ("Boca com Boca") e, na participação mais inusitada, Rogério Flausino, do Jota Quest.

Ele divide vocais com Gabriel em "Brilho Cego", uma releitura dançante de "Fé Cega, Faca Amolada", clássico de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos. Flausino canta os versos originais e Gabriel entra com rap.

Rever obras da MPB era uma ideia mais ampla, depois não aproveitada. "Essa música veio dessa vontade, que depois foi se diluindo, e o disco não foi por esse caminho."

Quando surgiu nos anos 1990, Gabriel logo enfileirou sucessos polêmicos que garantiram seu lugar no mercado, como "Tô Feliz, Matei o Presidente", "Lôrabúrra" e "Retrato de um Playboy (Juventude Perdida)".

Gabriel ainda se sente na obrigação de escrever letras incisivas, até virulentas, destinadas à polêmica? "Não vejo como obrigação, mas existe uma demanda. Acho que nesse disco 'Nunca Serão' concentrou muito esse lado, tem muita coisa na letra, engloba violência, mensalão...", responde o cantor.

"Nunca Serão" traz na letra o encontro do narrador com o Capitão Nascimento, de "Tropa de Elite". A conversa entre eles leva à constatação de que certas coisas erradas no Brasil nunca serão consertadas, como o descaso com saúde e educação.

Outra faixa que pode repercutir bastante é "Homem Não Presta", esta mais para o lado do bom humor. Fala do lado cafajeste dos homens e tem a cantora Luciana Bauer desfilando uma engraçada lista de xingamentos que as mulheres destinam aos machos da espécie.

Gabriel se diz feliz com o lançamento do sétimo CD e segue promovendo batalhas de rappers em seus shows. É o projeto Rimadores Anônimos, com rappers dos locais por onde passa sua turnê.


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