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Comédia musical aproxima gerações do humor nacional

Gregorio Duvivier e Luiz Fernando Guimarães compartilham palco no Rio

"Como Vencer na Vida sem Fazer Força" foi lançado na Broadway em 1962 e teve versão com Matthew Broderick

MARCO AURÉLIO CANÔNICO DO RIO

"O bom comediante já nasce com o timing da comédia", diz Luiz Fernando Guimarães, 63. Por isso, toda a bagagem que ele tem a mais do que Gregorio Duvivier, 26, não é notável quando eles contracenam em "Como Vencer na Vida sem Fazer Força", que estreou ontem, no Rio.

"Em cena, temos a mesma sintonia. Eu me identifico com o Gregorio, ele tem uma sonsice que eu também tenho, que é de comediante."

Duvivier, por sua vez, cita o colega como "um mestre de toda essa minha geração que faz humor", da qual ele é destacado representante, graças ao trabalho em coletivos como o Porta dos Fundos, que produz vídeos para internet.

"Esse tipo de atuação que caracteriza nossa geração, algo mais sutil, desprovido de caricaturismo, eu aprendi muito com o Luiz Fernando."

Os dois improvisadores natos, que talharam seu humor no palco e conquistaram sucesso também nas telas, estreiam juntos na área mais metódica e organizada do teatro: os musicais, sob o comando da dupla Charles Möeller e Claudio Botelho.

Nesta segunda montagem nacional de "Como Vencer na Vida sem Fazer Força", Duvivier encarna J. Pierrepont Finch, limpador de janelas que segue o manual que dá título à peça para subir na empresa presidida pelo grosseirão J.B. Biggley (Guimarães).

O musical é baseado no livro homônimo, de Shepherd Mead, com canções compostas por Frank Loesser ("Uma espécie de Cole Porter moderno, ácido", segundo Botelho).

"O Luiz foi o primeiro a ser convidado, esse projeto começou quando ele topou", diz Botelho. "É um grande nome. A peça não se vende sozinha, precisa de estrelas, você vê as montagens com Matthew Broderick [em 1995], e Daniel Radcliffe [em 2011]."

Para Guimarães, a vontade de fazer musical surgiu quando assistiu a "Um Violinista no Telhado", da dupla. "Antes, olhava musicais, mas não me via neles, e naquele eu me vi. Cantar e dançar era algo que tinha de trabalhar."

Já Duvivier era conhecido dos diretores, que trabalham há anos com seu pai, Edgar, responsável pelos "making of" das produções. Quando o viram no monólogo "Uma Noite na Lua" (2012), no qual cantava, encontraram seu Finch. "Da época em que a gente o convidou até hoje, a carreira dele disparou. Bom para ele e para a peça."

O musical, que tem 25 atores e dez músicos, fica no Rio por quatro meses e segue para São Paulo em agosto.

Apesar de retratar o mundo corporativo dos anos 1960 -a época em que foi adaptado para a Broadway pela primeira vez (1962)-, o musical apela a plateias contemporâneas, segundo Botelho.

"Puxar o saco, derrubar o colega para chegar em algum lugar, isso continua existindo em todo lugar, então as pessoas se identificam", diz.

COMO VENCER NA VIDA SEM FAZER FORÇA
ONDE: teatro Oi Casa Grande (av. Afrânio de Mello Franco, 290, Rio, tel.: 0/xx/21/2511- 0800)
QUANDO: qui. e sex., 21h; sáb., 17h e 21h; dom., 19h
QUANTO: R$ 30 a R$ 190
CLASSIFICAÇÃO: 12 anos


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