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Acesso a diários do tio-avô abriu porta para diretora fazer filme

DO EDITOR-ADJUNTO DA “ILUSTRADA”

Mariana Brennand Fortes estava apreensiva na noite da última terça-feira, quando o documentário que dirigiu sobre seu tio-avô teve pré-estreia no cinema mais tradicional do Recife, com a presença do próprio homenageado, algo raro para alguém recluso como ele, que na véspera revelara à Folha o desconforto com a situação.

"Eu estava me preparando para que ele pudesse desistir de ir na última hora", contou Mariana, 32. Mas o artista foi, e tudo correu bem.

Tanto quanto os dois prêmios recebidos na última Mostra de Cinema de São Paulo (Itamaraty de melhor documentário e Abraccine de melhor filme), a ida do tio-avô à première coroou, para ela, um trabalho de 11 anos.

Em 2002, a diretora, filha do ex-senador Heráclito Fortes e de Mariana Brennand (filha de Cornélio, irmão de Francisco) e que estudou cinema nos EUA, propôs o projeto ao artista, que de início relutou. O contato com a sobrinha-neta até ali sempre fora esporádico.

A partir do diário do ceramista, cujo acesso lhe foi facultado, ela quebrou a resistência. "Vi que, naquele momento, podia traçar um retrato do artista em seu ambiente de trabalho."

Mariana diz ter lido cinco vezes as 2.000 páginas digitalizadas do diário, que agora trabalha para publicar, o que seria a realização de um velho desejo do tio-avô.


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