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Ronaldo Fraga lança livro com registro de 35 coleções na SPFW

PEDRO DINIZ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ronaldo Fraga nunca acreditou muito em obras autobiográficas. Pelo menos não sobre sua carreira.

"Mas chegou a hora de lembrar que o fator autoral na moda é fundamental", diz o designer mineiro, que lança, amanhã, após o desfile de sua marca homônima na 35ª São Paulo Fashion Week, o livro "Ronaldo Fraga: Caderno de Roupas, Memórias e Croquis", pela editora Cobogó.

Com desenhos e fotos produzidos por ele a partir dos anos 1990 para a criação de 35 das 36 coleções que desfilou no evento, além de textos de colegas como Costanza Pascolato, o livro expõe o processo criativo de Fraga e busca alertar novas gerações sobre a importância do trabalho manual e gráfico.

"Há um embate entre os criadores e as regras do comércio de moda, que fazem os jovens chegarem ao mercado descrentes de que criação envolve esforço mental e mão. Hoje, para ser estilista, não precisa saber desenhar."

Imagens de croquis de coleções famosas como "Pina Bausch", do inverno 2010, e "Costela de Adão", do verão 2004, revelam esse esforço do estilista, conhecido por colocar na passarela a cultura popular e os agentes que a influenciam -vide a coleção "A China", do inverno 2007.

Se há duas temporadas Fraga chegou a afirmar que a "moda como a conhecíamos morreu", referindo-se a uma certa falta de autenticidade da moda e a uma descrença no formato de desfiles, agora, com o livro, enxerga luz no fim o túnel.

"Percebo que a 'fome' dos jovens está no processo de confecção do produto. Talvez esse livro só seja entendido daqui a 50 anos", diz, "sem falsa modéstia". "Todos têm seus altos e baixos. Acho que as coisas vão começar a mudar. Sou otimista até quando não tenho de ser."


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