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É Tudo Verdade traz seleção dedicada a mudanças sociais

18ª edição do maior festival de documentários da América Latina ocorre em SP e no Rio, entre os dias 4 e 14 de abril

Evento vai adiantar análise sobre os 50 anos do golpe militar com retrospectiva de dois longas de Silvio Tendler

RODRIGO SALEM DE SÃO PAULO

No ano em que chega à maioridade, o É Tudo Verdade, maior festival de documentários da América Latina, dedica-se principalmente às transformações socioeconômicas no planeta.

A 18ª edição do evento, que será realizado simultaneamente em São Paulo e no Rio -entre os dias 4 e 14 de abril-, segue uma tendência apresentada em grandes festivais internacionais como Cannes e Sundance.

Na competição oficial de longas estrangeiros, o grande chamariz da mostra, há análises sobre o que sobrou da ex-União Soviética ("A Máquina Que Faz Tudo Sumir" e "Nascido na URSS - Geração de 28"), a repressão iraniana ("Minha Revolução Roubada"), a ascensão da China ("Parque do Povo"), a questão palestina ("Uma Vez Entrei num Jardim") e a realidade do Leste Europeu ("Universo Particular").

Não é por acaso que a retrospectiva internacional faz um tributo ao cineasta soviético Dziga Vertov (1896-1954), de "O Homem da Câmera" (1929), que capturou como poucos diretores a transformação política e social na Rússia no início do século passado.

"É um espelho do que está acontecendo no mundo", disse o criador do evento, o crítico Amir Labaki.

O festival também dedica-se a adiantar uma análise sobre os 50 anos do golpe militar no Brasil de 1964 em outra retrospectiva que gira em torno de dois filmes do diretor Silvio Tendler: "Os Anos JK - Uma Trajetória Política" (1980) e, principalmente, "Jango" (1984), sobre a trajetória do presidente deposto João Goulart (1919-76).

As mudanças econômicas aparecem em três longas do festival, mas o destaque fica para "A Rainha de Versalhes", uma tragicomédia no estilo "Mulheres Ricas" sobre um casal milionário que é atingido pela crise econômica nos Estados Unidos.

Entre os competidores brasileiros, a temática variada aborda desde a guerrilha durante a ditadura militar ("Em Busca de Iara", de Flavio Frederico) à aventura histórica ("Serra Pelada - A Lenda da Montanha de Ouro", de Victor Lopes) até a literatura nacional ("O Universo Graciliano", de Sylvio Back).


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