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Diário de Buenos Aires

O MAPA DA CULTURA

Favelito, o mascote

A Copa pelo olhar cáustico dos hermanos

FELIPE GUTIERREZ

"BARCELONA" É uma publicação de humor criada há mais de dez anos e que, pelo estilo das pautas, textos, títulos e montagens gráficas, lembra o antigo jornal brasileiro "Casseta Popular". A edição que está nas bancas de Buenos Aires é sobre a Copa, "uma oportunidade histórica pra gozar uma relação muito quenchi", explicam eles no subtítulo, no portunhol que marca boa parte das piadas.

Na publicação há montagens fotográficas, como a de uma bandeira do Brasil com uma banana no meio e a do Cristo Redentor com uma camisa da seleção argentina e uma arma na mão. "Barcelona" também apresenta um mascote extra-oficial da Copa: o Favelito.

Uma chamada da edição de 30 de maio afirma que "cada vez mais argentinos de classe média viajam ao Brasil, se hospedam em favelas e saem para roubar para conseguir se manter". É tema frequente na mídia argentina o custo elevado da hospedagem nas cidades-sede e os preços dos ingressos.

"Barcelona" elenca ainda os sonhos de consumo do brasileiro: "Está confirmado que ele [o brasileiro] só quer praia, um violão (e/ou um berimbau), uma mulata deliciosa, um copo de cachaça, um prato de feijoada, uma turbina de avião e pronto: não precisa mais do que isso para ser feliz".

O sarro não é só com os rivais: sobra até para Lionel Messi, cuja mentalidade é descrita como "indecifrável; quando quer, ganha sozinho, quando não, perdem 11". Na ficha do camisa 10, o item "sex appeal" diz: "Quase nulo".

O periódico traz ainda outros temas, como um "projeto de lei" que proibiria tomar mate, fumar e comer enquanto se envia um SMS ao volante. "Foi aprovada uma medida que castigará quem se distrair com outras atividades enquanto redige um SMS ao dirigir", explica.

CARTA DA DISCÓRDIA

Às vésperas do feriado da Independência, o governo, por meio da equipe de relações públicas de Cristina Kirchner, divulgou uma carta do papa Francisco felicitando o povo argentino.

A autenticidade da missiva, porém, foi questionada por Guillermo Karcher, argentino que trabalha no cerimonial do Vaticano. O texto seria coisa de um "artista da colagem", que a fez com más intenções, disse ele, ao vivo, no canal de TV C5N.

O Vaticano afirmou que o documento era, sim, verdadeiro --e começou a disputa. Na TV pública, em um programa ultrakirchnerista chamado "678", um convidado, o jornalista Orlando Barone, criticou o C5N, afirmando que o episódio da carta foi uma tentativa da mídia de prejudicar o governo. Um apresentador do canal, Eduardo Feinmann, resolveu responder, chamando Barone de "ameba, comemierda' e parasita do Estado".

PACHAMAMA

O circuito de cinemas da cidade exibe muitos filmes nacionais, incluindo alguns documentários, vários deles sobre temas da natureza.

"Cuerpos de Agua" é sobre o transbordamento de água que inundou a cidade de Bolívar, no Estado de Buenos Aires, nos anos 1980, arrasando a região produtora de trigo. O documentário mostra como o governo local ficou atônito, e a população, perdida à espera da ajuda. Uma das histórias narradas é a de dois irmãos atingidos pela cheia que decidem caçar, pela primeira vez na vida, para ter o que comer. Em meio à névoa, um acaba por atirar no outro.

Em "El Cielo Otra Vez", o tema é um projeto ambiental para levar o condor a repovoar o interior argentino. Outro animal protagoniza "Buscando al Huemul" --este, já fora do circuito, contava a história de dois amigos em uma viagem para avistar um veado das montanhas do sul, o huemul, que corre risco de extinção.

DA COR AO PB

O Museu de Arte Contemporânea de Buenos Aires abriga uma exposição do lado menos conhecido do venezuelano Carlos Cruz-Diez, um dos principais artistas latino-americanos vivo.

Famoso por suas pinturas e esculturas coloridas, ele tem exibidas cerca de 50 fotografias em preto e branco. Cruz-Diez, que tem 90 anos, foi repórter fotográfico em Paris na década de 1960.

Entre as imagens da mostra estão retratos de dois colegas que, como ele, foram fundamentais na criação da arte cinética: Alexander Calder e Jesús Soto.


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