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Ciberarquiteto

Design no deserto

Dubai não é feita só de fontes dançantes e interiores exuberantes; é um exercício pelo convívio

A Design Days Dubai, feira de design do Oriente Médio e Sul da Ásia, foi realizada nesta última semana, simultaneamente à Arte Dubai e à Bienal de Arte de Sharjah, nos Emirados Árabes Unidos.

A segunda edição da feira de desenho contou com cerca de 30 galerias de diferentes países, que disputaram o ouro de colecionadores, xeques e princesas.

Participei para expor uma peça de minha autoria e fui carregando um certo preconceito arrogante, típico de arquiteto brasileiro, baseado em clichês. Mas descobri que Dubai não é feita só de torres espelhadas, fontes dançantes e interiores exuberantes.

A feira de design reflete muito mais que um imenso gosto pelo novo (muito parecido com o do brasileiro). É um exercício pelo convívio de culturas diferentes.

Estudantes de toda a região, muitos com as típicas túnicas, se misturavam com pessoas de todas as cores e credos. Dubai abrange o design como pensamento, aproximando o tema das pessoas comuns.

Selecionei três destaques do evento que abordaram temas como processo de design, técnicas artesanais e sustentabilidade.

1. MÓVEIS PERFORMANCE STUDIO SWINE, Galeria Coletivo Amor de Madre, São Paulo. Cada dia da feira os artistas fizeram, na frente dos visitantes, um novo produto -como um banco e uma mesa de concreto com blocos de mármore, e uma poltrona de pele de camelo e vigas metálicas. As peças foram feitas com lixo de obra coletado em Dubai.

2. PERFORMANCE "ILLUSION PEARL", de KhalidShafar, Galeria Carwan, Beirute. A indústria da pérola é uma atividade tradicional nos Emirados Árabes. Em sua performance, o designer mostra o ritual do manejo de ostras vivas e induz a produção de pérolas falsas, que deram origem a uma cadeira.

3. DDD LAB, Jens Praet, Galeria Industry, Washington. O designer lançou sua nova coleção de móveis, feitos a partir de revistas e documentos antigos árabes picados, e instigou a reflexão sobre o descarte e os novos ciclos de vida dos objetos. Em um workshop, Praet ensinou sua técnica aos presentes, mostrando que o bom design deve, sim, ser compartilhado.


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