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Raio-x imobiliário

Preço de imóvel faz do Cursino sucesso de vendas

ANA MAGALHÃES COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com imóveis mais baratos do que nos distritos vizinhos, o Cursino, na zona sul de São Paulo, tem hoje poucos apartamentos novos à venda, apesar do alto número de lançamentos residenciais.

Das 3.107 unidades lançadas desde 2007, há apenas 395 disponíveis (cerca de 12%), segundo a empresa de pesquisa imobiliária Geoimovel. No período, foram 33 novos empreendimentos, dos quais 25 estão vendidos.

Para Celso Amaral, diretor técnico da Geoimovel, o sucesso de vendas do distrito se deve ao valor dos imóveis. O metro quadrado médio no Cursino custa R$ 6.407, enquanto, na Saúde, distrito vizinho, esse valor sobe para R$ 7.252 (13% mais caro).

"O Cursino fica próximo da Saúde, mas a diferença de preços é significativa. Além disso, a região ficou muito tempo sem lançamentos", observa o especialista.

Pesa também o fato de a Saúde ser um dos "distritos da vez" do mercado imobiliário -só em 2011 foram lançadas 18 novas torres-, o que termina por "contagiar" o Cursino.

"É um bairro promissor. O valor do metro quadrado é mais razoável que na Saúde, que tem infraestrutura de transporte e serviço. Além disso, existe um movimento de pessoas que trabalham em São Paulo, moram na região do ABC e buscam moradia na capital, mas com valor mais acessível em relação à região central", diz Tatiana Kallas, da incorporadora Kallas.

Os lançamentos do Cursino concentram-se, basicamente, no bairro Jardim da Saúde.

"Há uma confusão do que é Cursino e o que é Saúde. E o mercado imobiliário se aproveita disso. Fazem lançamentos no Cursino, mas dizem que é na Saúde", diz Ricardo Gonçalves, coordenador do curso de pós-graduação em negócios imobiliários da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado).

Para ele, na parte sul do distrito, próximo ao parque do Estado, "há zonas que precisam ser reurbanizadas." Por outro lado, o Jardim Botânico de São Paulo, o zoológico e o parque do Estado são diferenciais do distrito.

O arquiteto Fernando Yamada, 28, mora há cerca de dois anos na região e curte o fato de ser um distrito basicamente residencial. Porém, critica o trânsito e a segurança. "Acho que são problemas generalizados de São Paulo."


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