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Ser conservador demais é risco, diz analista

Para especialista dos EUA em planejamento financeiro, pessoas às vezes ignoram perigo da inflação para investimentos

Deena Katz, que virá ao Brasil, afirma que vida mais longa e ganhos menores na renda fixa são desafios atuais

ANDERSON FIGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Já consolidado nos países desenvolvidos, o mercado de planejamento financeiro tem conquistado cada vez mais espaço nas economias emergentes, como o Brasil.

E essa tendência veio para ficar, na avaliação da consultora americana Deena Katz, uma das pioneiras do segmento nos EUA, que virá ao Brasil para participar de um evento do IBCPF (Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros) no próximo dia 4, em São Paulo.

Em entrevista à Folha, Deena dá dicas aos recém-chegados a esse mercado e fala sobre semelhanças entre os investidores brasileiros e os americanos. Leia trechos:

Portfólio ideal

Cada pessoa deve criar seu portfólio de investimentos levando em consideração as características pessoais, mas eu diria que um portfólio bom tem 60% de ações e 40% de títulos públicos, ou 30% em títulos públicos e 10% no mercado de câmbio.

Acho que é um bom começo porque temos de considerar que as pessoas estão vivendo mais e, portanto, vão precisar de mais recursos para se manter ao longo dos anos.

No longo prazo, as ações acabam sendo vantajosas. Já os títulos públicos podem dar retorno no curto prazo.

Americanos

Os americanos não gostam de perder dinheiro. Boa parte das pessoas nos EUA tenta ganhar o máximo possível em seus investimentos.

Nós passamos por muitos momentos difíceis. Nos anos 1990, os mercados estavam bem fortes e o investidor começou a enriquecer achando que essa tendência positiva duraria para sempre.

Então, os anos 2000 chegaram e os mercados se tornaram bastante instáveis, com retornos mais baixos.

EUA x Brasil

Tenho a crença de que os seres humanos têm muitas coisas em comum. Entre elas, achar que o melhor desempenho é a regra geral.

No mercado financeiro, é a mesma coisa. As pessoas tendem a se sentir superconfiantes quando há uma tendência positiva nos mercados e acreditam que não precisam de conselhos. Mas é justamente no momento em que os mercados estão indo bem que elas mais necessitam de conselhos, ao perceberem que não há como controlar o que está acontecendo.

Planejamento

A dica que eu posso dar ao investidor é procurar conselhos de profissionais. Pode ser com os especialistas de seu banco ou corretora. O importante é que ele encontre as melhores aplicações baseadas tanto em seus objetivos quanto no estilo de vida.

Não pense em investir só naquilo que seja mais seguro. Às vezes, as pessoas são tão conservadoras que ignoram o fato de que a inflação pode ser bastante perigosa para seus portfólios, até mesmo aqueles de menor risco.

Futuro

Eu não sou uma pessoa que acredita que devamos trocar de investimentos se um setor ou outro está passando por dificuldades.

Temos de analisar as perspectivas para cada segmento e manter as aplicações, mesmo com turbulências no cur- to prazo, desde que as perspectivas para o futuro mais distante sejam favoráveis.


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