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Especialistas fazem críticas à taxa de retorno

DE BRASÍLIA

Apesar de parecer vilã, a taxa de retorno dada pelo governo tem pouca relação com a decisão de investimento das empresas. É o que pensa Humberto Gargiulo, da Upside Finanças Corporativas, consultoria de investimentos em infraestrutura do país.

"Fala-se muito em taxa, mas isso tudo é um pouco acadêmico." A decisão de investir depende mais da qualidade dos projetos que da taxa de retorno calculada, já que as empresas fazem suas próprias contas.

Gargiulo dá como exemplo um leilão de linhas de transmissão recente quando um lote teve 350 lances e outro ficou vazio. Ambos tinham a mesma taxa.

"O que deu vazio era um projeto ruim, que desconsiderava custos reais e por isso daria prejuízo."

Para Antonio Sanvicente, professor do Instituto Insper, fazer essa conta baseada em números do passado, como atualmente se faz, é um erro porque eles não simulam a realidade do mercado, tornando as taxas artificiais.

O presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), Moacir Duarte, afirma que o governo age nos leilões como um "licitante ousado". Segundo ele, colocam-se parâmetros elevados de crescimento (aumentando o faturamento projetado) e, com isso, taxas de retorno acabam reduzidas artificialmente.

"O governo projetou aumento de 5% de carros pedagiados. Mas, nos últimos 12 anos, foi 3%." O risco regulatório, diz, ainda é grande no país, com mudanças de regra durante o contrato. (DA E VC)


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