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Google compra Waze por mais de US$ 1 bi
Valor de aquisição de aplicativo de GPS com recursos de rede social supera o que Facebook pagou pelo Instagram
Programa israelense sugere rotas a partir de informações de usuários sobre tráfego; Brasil tem 2 milhões de cadastrados
Após rumores sobre ofertas do Facebook e da Apple, o aplicativo de GPS com recursos de rede social Waze, de Israel, foi comprado ontem pelo Google por mais de US$ 1 bilhão (R$ 2,15 bilhões).
A gigante das buscas on-line não indicou o valor real do negócio, mas a agência Bloomberg informou que a quantia chega a US$ 1,1 bilhão, enquanto o jornal israelense "Globes" mencionou US$ 1,3 bilhão.
Trata-se de uma das maiores transações do mundo "mobile" --superou em pouco o valor que o Facebook desembolsou pelo Instagram (US$ 1 bilhão), em 2012.
Gratuito, o Waze é um aplicativo de "mapa social" que usa o GPS e dados postados por seus usuários para calcular o trânsito das ruas e sugerir a melhor rota para os motoristas.
Em 2012, o serviço triplicou sua base de usuários, ao atingir 47 milhões de cadastrados no mundo, dos quais 2 milhões no Brasil.
Segundos a mídia especializada, o Waze faturou US$ 1 milhão ano passado, a maior parte com publicidade.
O app, eleito pela Apple o melhor de 2012, tem versões para smartphones e tablets com sistemas operacionais Android, BlackBerry, iOS, Symbian e Windows Phone.
"Estamos entusiasmados com a perspectiva de melhorar o Google Maps com os recursos de atualização de tráfego fornecidos pelo Waze e melhorar o nosso produto com as buscas do Google", afirmou Brian McClendon, vice-presidente dos serviços de geolocalização do Google.
A equipe do Waze vai permanecer com suas operações em Israel.
"Na prática, nada vai mudar aqui no Waze. Nós vamos manter nossa comunidade, marca, serviço e organização --a hierarquia, as responsabilidades e os processos da equipe continuarão os mesmos", informou Noam Bardin, presidente-executivo do Waze, em seu blog oficial.
Agora, o único empecilho para que a compra do serviço de GPS se concretize é possível problema com as leis antitruste da Federação Internacional do Comércio, já que o Google já é líder do segmento de mapas on-line.
CONCORRÊNCIA
A Apple anunciou, anteontem, em sua conferência anual de desenvolvedores, que o seu serviço de geolocalização foi renovado para a nova edição do sistema operacional móvel da empresa, o iOS 7, que tem previsão de lançamento para setembro.
O aplicativo de mapas do iOS 6, versão atual do sistema, foi alvo de críticas no lançamento, no ano passado --entre outros problemas, indicava que o motorista se jogasse com o carro de uma ponte para chegar ao destino.
Sobre a navegação e o uso de GPS, a Apple informou ainda que, a partir de 2014, será possível integrar iPhone, iPad e iPod Touch com painéis eletrônicos de carros de luxo. O objetivo será facilitar o uso do serviço por motoristas e aumentar a segurança ao volante.