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Grupo EBX anuncia alongamento da dívida

Comunicado tenta acalmar o mercado, que dá às empresas de Eike Batista as piores cotações já registradas

Reestruturação na dívida "dá tempo para respirar, mas não resolve o problema", afirma analista

DENISE LUNA MARIANA SALLOWICZ DO RIO

Diante das piores cotações já registradas por suas ações nas Bolsas de Valores, o empresário Eike Batista comunicou ao mercado que concluiu a reestruturação da dívida do seu grupo.

Segundo a nota divulgada, agora só existem vencimentos de longo prazo, que são menos caros, revertendo uma situação que estava sufocando a saúde financeira das empresas X.

Para melhorar o perfil da dívida, Eike usou os recursos obtidos com a venda de ações da OGX em quatro operações feitas em maio, quando reduziu sua participação de 61% para 58%, obtendo R$ 121,8 milhões.

Segundo o empresário, "não há intenção de realizar vendas adicionais".

A notícia dessa venda, na segunda-feira passada, abalou ainda mais a cotação na Bolsa das ações da OGX, empresa do grupo de Eike Batista que atua na exploração e na produção de petróleo e gás natural.

A OGX tem registrado perdas desde o ano passado, como consequência de ter apresentado uma produção real muito abaixo das primeiras estimativas.

O resultado vem sendo precificado no desempenho das ações nos últimos meses. O valor de mercado da companhia caiu de R$ 33,3 bilhões, em maio de 2012, para R$ 4,4 bilhões no mesmo mês deste ano.

Para o economista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, a notícia de reestruturação das dívidas "dá tempo para o grupo EBX respirar, mas não resolve o problema".

Na opinião do analista, as empresas X só vão melhorar se começarem a apresentar alguma receita.

No caso específico da OGX, uma descoberta de petróleo que confirmasse o otimismo do grupo também seria bem vinda.

Sobre a nova estrutura da dívida, Galdi está cauteloso. "Precisa ver os detalhes, como ele conseguiu alongar, porque a venda que fez da OGX é pouco."

No mesmo comunicado, Eike informa ainda que reduziu e reestruturou o corpo administrativo da holding EBX, o que está sendo feito também nas demais empresas do seu grupo, mas não informou qual é o número de demissões.

No início de junho deste ano, a EBX extinguiu a sua diretoria de sustentabilidade e demitiu cerca de 50 pessoas. Em maio, a OSX anunciou o desligamento de pelo menos 170 funcionários envolvidos na construção do Porto do Açu.

O sindicato dos trabalhadores da região de São João da Barra, onde o porto está sendo construído, estima porém que o número de demitidos pode chegar a 800 --de um valor total de 3.000 contratados.


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