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BC coloca US$ 14 bi no mercado, mas dólar sobe 5,7% na semana

Intervenções foram feitas para conter valorização ainda maior da moeda norte-americana

Bolsa caiu 4,6% no período; investidores fogem com perspectiva de corte de estímulos nos Estados Unidos

ANDERSON FIGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar das atuações do Banco Central para impedir a valorização da moeda, o dólar subiu 5,7% nesta semana, cotado ontem em R$ 2,26, o maior preço desde 1º de abril de 2009.

O cálculo considera as cotações do dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro.

O BC despejou US$ 14,3 bilhões no mercado com sete intervenções em cinco dias.

A maioria das interferências foi por leilões de contratos de swap cambial', que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. Foram negociados US$ 11,3 bilhões com esses instrumentos.

Outros US$ 3 bilhões foram oferecidos pelo Banco Central em linhas de crédito. Essas linhas foram muito utilizadas para conter a alta do dólar quando estourou a crise global de 2008.

Outra operação feita nesta semana foi a recompra de títulos do governo brasileiro. Por um lado, ela reflete a saída de investidores desses papéis, o que reitera o ambiente de desconfiança.

"Por outro lado, com isso, o BC injetou reais no mercado para que os investidores pudessem comprar dólares nos leilões de swap'", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

FUGA DE CAPITAL

A depreciação do real nesta semana refletiu a fuga de investidores de aplicações consideradas de maior risco, diante da indicação do BC dos EUA (Fed) de que irá começar a cortar os estímulos econômicos ainda neste ano.

A Bovespa fechou a semana em queda de 4,6% e no menor nível desde 28 abril de 2009. Depois de subir 0,7% anteontem, a Bolsa recuou 2,4% ontem, aprofundando as perdas dos investidores.

A Bolsa de Nova York teve leve alta ontem (0,28%), mas ainda há cautela com os sinais de que o Fed vai tirar parte dos US$ 85 bilhões que injeta mensalmente.

Com a sinalização de que essa recompra vai ser totalmente encerrada no ano que vem, cresce no mercado a aposta de aumento dos juros dos EUA --atualmente quase zero-- no médio prazo.

Juro mais altos deixam os títulos do Tesouro dos EUA, considerados de baixo risco, mais atraentes aos investidores globais do que aplicações em mercados emergentes.

A projeção é que, com o fim das recompras, o BC americano deixe de injetar cerca de US$ 1 trilhão na economia americana em 12 meses.

"Essa redução se reflete na quantidade de recursos disponíveis para investimento no mercado global", diz André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.


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