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Desemprego na zona do euro é recorde
Índice sobe para 12,1% em maio; inflação ao consumidor avança pelo segundo mês
O desemprego da zona do euro atingiu nível recorde em maio, informou ontem a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat.
Em junho, porém, os preços ao consumidor aceleraram a alta pelo segundo mês seguido e afastaram o risco de deflação no bloco por ora.
Em sinal de fraqueza da economia, o índice de desemprego na zona do euro chegou a 12,1% em maio, pouco acima do dado revisado de abril, de 12%. Mas o resultado ficou abaixo da expectativa de economistas ouvidos pela agência Reuters, 12,3%.
A Alemanha viu sua taxa de desemprego cair a 5,3%, a segunda menor do bloco depois da Áustria, com 4,7%.
Itália e Espanha registraram aumento modesto no índice (para 12,2% e 26,9%, respectivamente --o índice espanhol é o mais alto do bloco, seguido pelo grego, em 26,8%). Na França, a taxa manteve-se em 10,4%.
Entre as pessoas de até 25 anos, o desemprego chegou a 23,8% no bloco em maio.
Os preços ao consumidor nos 17 países da zona do euro, que sofre com sua mais longa recessão na história, aceleraram para 1,6% em junho na comparação anual, ante 1,4% em maio.
Esse foi o segundo mês de aumentos ante a mínima de 1,2% em abril, embora a leitura de junho ainda esteja abaixo da meta do BCE (Banco Central Europeu) de uma taxa próxima de 2%, mas não acima desse patamar.
Os preços de alimentos, álcool e produtos de tabaco foram os principais responsáveis pela inflação em junho, seguidos pelos custos da energia e de serviços, aponta a Eurostat em sua estimativa preliminar da inflação.
O BCE realiza sua reunião de política monetária na próxima quinta. A expectativa é que a autoridade mantenha a taxa de juros na atual mínima recorde, de 0,5% ao ano.