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Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Investidor do aeroporto de Guarulhos não deve gerir o Galeão, diz ex-Cade
A permissão para que investidores, que já entraram em consórcios vencedores no setor aeroportuário, tenham até 15% participação nos aeroportos de Galeão (Rio) e Confins (Belo Horizonte), precisa ter condições bem claras.
O alerta é do ex-presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Gesner Oliveira.
"É preciso que essa participação seja passiva e apenas financeira. Os fundos de pensão não deveriam ter poder de decisão na política comercial a ser adotada pelo segundo consórcio do qual façam parte", diz Gesner Oliveira.
"Se os fundos de pensão das estatais que já participam da gestão de Guarulhos, vencerem novamente e ficarem com o Galeão, terão cerca de 90% do tráfego de passageiros do país."
O edital está em fase final de redação pelos órgãos do governo federal.
"O governo achou uma solução ao liberar a participação de até 15% dos atuais controladores no próximo leilão, desde que esses 15% sejam equivalentes a zero na ingerência comercial e no acesso à informação privilegiada."
Esses limites, porém, não foram ainda especificados.
"A expectativa sob a ótica da concorrência é que o governo faça essas restrições."
Foi a solução dada na Austrália, onde jamais o mesmo grupo controla vários aeroportos, diz ele.
Na Inglaterra, aeroportos importantes ficaram com uma só empresa em 1987. Em 2005, constatou-se pouco investimento, piora dos serviços e determinou-se a venda de aeroportos.
"Não é para ter sinergia nessa gestão. O que se quer é concorrência", frisa.
CONTRATO NO CAFEZINHO
O Café do Centro, empresa especializada em cafés gourmet, e a AC Café, produtora do grão, fecharam um acordo para unificar seus negócios.
Cada marca ficou com 50% da companhia, que engloba o processo completo da produção do produto, diz Rafael Branco Peres, sócio-diretor do Café do Centro.
"Juntas, nós fazemos desde o plantio, passando pela torrefação, até a bebida final", diz Peres.
A AC Café tem duas fazendas em Araxá (MG), de 4.000 hectares no total. Ela processa cerca de 8.000 toneladas de grão por ano.
"Hoje, a capacidade de produção é maior que o volume do pó vendido. O nosso objetivo é que isso fique balanceado e que nós consigamos torrar a mesma quantidade que sai das fazendas."
A marca tem 20 linhas diferentes de café fino, mas pretende expandir a sua gama de blends.
"O processo de criação de novas receitas se torna mais rápido, pois unimos as duas pontas da produção", diz Vitor Leardi, diretor-executivo da AC café.
"Temos três novos produtos em mente, que devem entrar no mercado em outubro, e pretendemos ter outros três até o final deste ano."
R$ 70 milhões
é a soma do faturamento das duas empresas no ano passado
R$ 100 milhões
deve ser a renda total em 2013
400
é a quantidade de funcionários após a fusão
8.000 toneladas
de café são processadas por ano pela companhia
4.000 hectares
é a área plantada das duas fazendas da AC Café
Brasil fica em 1º em planos de investimento em máquinas
O Brasil é o país em que os empresários mais planejam investir na área de equipamentos nos próximos 12 meses, segundo pesquisa da Grant Thornton.
Quase 70% dos empresários brasileiros consultados querem fazer investimentos no setor de máquinas, índice bem acima da média global, que ficou em 35%.
"Isso reflete a preocupação do país em se preparar para os próximos anos, em que vamos sediar eventos internacionais. É uma época de grandes negócios em infraestrutura", diz Leandro Scalquette, sócio da empresa.
Em segundo lugar no ranking, feito em 44 países, está o Peru, com 61%, seguido de Turquia (58%), Lituânia (56%) e Índia (54%).
Quase a metade dos líderes do Brasil (43%) também tem intenção de investir em pesquisa e desenvolvimento.
O país ocupa o 5º lugar no ranking geral da área, liderado pela Geórgia (52%).
Do total, 27% dos empresários brasileiros ainda planejam destinar esforços para a construção de novas plantas.
O levantamento, feito com 12.500 empresas privadas de todos os países, refere-se ao segundo trimestre de 2013.
automação na limpeza
O setor de máquinas, equipamentos e acessórios de limpeza movimentou cerca de R$ 595,6 milhões no país em 2012, segundo balanço preliminar da Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional).
Houve crescimento de 9% em comparação com o balanço realizado em 2010, quando o segmento registrou cerca de R$ 545,5 milhões.
"Com a automação, há uma produtividade maior. Atingimos grandes áreas", diz Romilton dos Santos, presidente da Abralimp.
"Estamos com menos mão de obra. Está difícil de contratar porque ela está migrando para a construção civil, cujo piso salarial é maior."
A perspectiva de crescimento do setor é de 10% até o ano que vem, de acordo com a entidade.
Fusão... Sócio brasileiro da holding britânica WPP, o Grupo Newcomm, comandado por Roberto Justus, oficializa amanhã a fusão de sua agência New Energy com a Grey141, o que dará origem à Grey Brasil.
...de agências A nova operação tem a meta de encerrar este ano com 30% de crescimento. Com a união, a Grey Brasil passa a atuar com bases em São Paulo e também no Rio de Janeiro.
Homem... O Walmart constatou um aumento de 56%, entre junho e julho, na busca por itens de cozinha classificados pela companhia como sendo de interesse masculino, como chopeiras.
...gourmet No Grupo Pão de Açúcar, a venda de kits de cerveja (formados por copos e garrafas de rótulos nacionais ou importados) cresceu 40% nos últimos 30 dias na comparação com o ano passado.