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BRF "tem bala" para fazer aquisições no exterior, diz Galeazzi

Novo diretor-presidente diz que estuda três empresas e que primeira compra pode ocorrer em quatro meses

Uma das aquisições está perto de fechar e é no Oriente Médio, região onde empresa constrói uma fábrica

RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO

O novo diretor-presidente da BRF, Claudio Galeazzi, disse que "tem bala no revólver e na cartucheira" para fazer aquisições no exterior em breve. A BRF é a gigante de alimentos formada a partir da fusão de Sadia e Perdigão.

Ele afirmou que a companhia avalia "três ou quatro" empresas e não descartou que alguma dessas aquisições ocorra nos próximos quatro meses, quando planeja revisar os planos da BRF para o mercado externo.

"Estamos numa posição financeira privilegiada. Temos bala no revólver, que é o caixa, e na cartucheira, que significa a possibilidade de elevar o endividamento, para sermos agressivos nas aquisições", disse Galeazzi.

Ele não detalhou que negócios estão em vista, mas, segundo a reportagem apurou, a BRF avalia hoje três empresas no exterior, todas no setor de carnes. O objetivo é comprar marcas para facilitar a missão de se tornar uma companhia global.

As negociações estão em diferentes estágios. Uma das aquisições está perto de fechar e é no Oriente Médio --região em que a BRF também constrói uma fábrica e para onde já vende R$ 2 bilhões.

A empresa tem uma negociação de aquisição que está em estágio inicial, enquanto a terceira ainda está na fase de prospecção.

Crescer no exterior é uma das metas da nova gestão da BRF, que passou por uma mudança profunda no seu conselho de administração em abril. O empresário Abilio Diniz, muito próximo a Galeazzi, assumiu a presidência do conselho em abril.

O objetivo da gestão de Galeazzi é elevar as margens de lucro da companhia. "A minha cabeça está presa pela cola do resultado. Se não tiver resultado, ela vai rolar", brincou o executivo.

Galeazzi disse que Diniz não vai participar do dia a dia da gestão, mas deve "cobrar bastante". Segundo o executivo, não existe "briga de poder" no conselho da BRF, mas uma busca de "maximizar seus investimentos".

Alguns dos principais acionistas da empresa estavam insatisfeitos com a lucratividade e, por isso, promoveram a substituição de Nildermar Seeches, que comandou a Perdigão, por Abilio.

DNA COMERCIAL

Segundo Galeazzi, um das armas para melhorar a rentabilidade é alterar o "DNA" da companhia de "industrial" para "comercial". O objetivo é que o consumidor seja o elo que "puxa" a BRF.

O executivo explica que a companhia hoje tem foco na produção, o que, às vezes, significa estoques altos, um volume excessivo de produto no mercado e, consequentemente, preços mais baixos e margem de lucro menores.

Galeazzi também acredita que a BRF pode avançar em mercados regionais, apesar da expressiva participação em alguns produtos. Ele está buscando um presidente para a operação brasileira e diz que o seu foco será comercial.


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