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Análise

Título de capitalização não é um bom investimento

Sorteio pode maximizar rentabilidade, mas, sem isso, perde até da poupança

SAMY DANA ESPECIAL PARA A FOLHA

Não faltam opções para quem busca alternativas de investimento. Em uma delas, bastante curiosa, o usuário compra uma espécie de título com rentabilidade mensal para poder concorrer semanalmente a prêmios no período de vigência estabelecido. Essa modalidade é chamada de título de capitalização.

As premiações podem chegar a centenas de milhares de reais dependendo do plano selecionado, e o gasto para entrar no mercado é relativamente baixo. Com esses atrativos, qualquer propaganda consegue convencer novos investidores a participar.

Contudo, o estudo a seguir, com dados reais de bancos brasileiros, mostra que a capitalização, na realidade, não é um bom investimento.

Suponhamos um título com duração de dois anos, premiação semanal de R$ 30.000,00 e investimento mensal de R$ 15,00. A cada mês, 1,74% do total (R$ 0,26) é direcionado para sorteio e 88,36% (R$ 13,24) viram taxa de carregamento --ou seja, pagamento ao banco. Só 10% são capitalizados (R$ 1,50).

A uma taxa de rentabilidade de 0,5% ao mês, o investidor receberá R$ 720,00 ao final dos 48 meses, caso não vença nenhum sorteio, valor curiosamente igual ao investimento total que ele terá de fazer para participar.

Se mensalmente o indivíduo aplicar os mesmos R$ 15,00 na poupança receberá R$ 815,52 ao final desse período. E em um modelo mais próximo do caso da capitalização, no qual se investe R$ 0,26 em sorteios e o restante (R$ 14,74) na poupança, a aplicação terminará o 48º mês em R$ 801,33.

É evidente que o ganho do sorteio pode maximizar essa rentabilidade, mas a análise pessimista mostra claramente que a capitalização não é o melhor dos mundos, afinal, render menos do que a poupança é sinônimo de prejuízo no longo prazo.


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