Folha de S.Paulo

Bússola

Qual a melhor aplicação no Tesouro Direto pensando na aposentadoria?

I.P., de Caxias do Sul (RS)

RESPOSTA DO PROFESSOR DA PUC-RIO E CERTIFIED FINANCIAL PLANNER ALEXANDRE CANALINI - Você deve considerar uma carteira com LFTs (Letras Financeiras do Tesouro, indexadas à Selic), que têm menor volatilidade, e NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional - Série B, atreladas ao IPCA), que têm ganho real (acima da inflação) já definido. O prazo de vencimento dos papéis deve ser próximo à sua aposentadoria. E é preciso lembrar que títulos com vencimento inferior a dois anos têm alíquota de Imposto de Renda maior.

Antes de escolher um título, é necessário estudar o risco tolerado e os custos envolvidos. Embora esses papéis sejam classificados como renda fixa, não estão livres de riscos. De acordo com o movimento da taxa de juros, podem ganhar ou perder valor.

Os custos, como corretagem e custódia, são relevantes, especialmente nas operações de longo prazo. Cada percentual economizado, ao longo de dez anos, dará uma grande diferença no valor final. Pesquise as corretoras e consulte o ranking de agentes de custódia divulgado no site do Tesouro.

Por fim, lembre-se de que estamos vivendo um período com muitas incertezas, e isso impacta o preço dos ativos. Tente adquirir os títulos aos poucos, todos os meses, por exemplo, pois preços mais altos serão balanceados com valores menos onerosos.

EU INVISTO EM

Armando Babaioff, ator

"Tenho um plano de previdência desde os 20 anos. Mas também aplico parte do que ganho em ações e outra parte na poupança"