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Petrobras recorre a EUA para proteger dados

JÚLIA BORBA DE BRASÍLIA

A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que as três empresas que prestam serviços de criptografia para a estatal são americanas e que não há, no mercado, brasileiras atuando nesse setor.

"São empresas de grande reputação e que trabalham para manter isso", declarou a executiva durante audiência na Comissão Parlamentar de Inquérito da Espionagem do Senado.

"Ainda não existem empresas brasileiras prestando esse serviço. Se alguma se apresentar, nós a consideraremos, assim como fazemos com qualquer outro fornecedor."

No total, a Petrobras trabalha com 36 empresas de segurança da informação, sendo 14 americanas, disse Graça Foster. Mas ela frisou que a Petrobras é a "gestora" das informações.

"São empresas com contratos específicos, para objetos específicos e que não conhecem o conjunto."

A rede privada de computadores da Petrobras foi alvo direto da espionagem realizada pela NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos), segundo reportagem exibida pelo "Fantástico", da Rede Globo, há dez dias.

Graça Foster não negou o desconforto causado pelas denúncias e reconheceu que a empresa não sabe ainda se houve de fato um vazamento, mas frisou que "eventual acesso a dados, ainda que inadmissível, não implica necessariamente a obtenção de informação ou detenção da tecnologia".

"Para tomar essa tecnologia para si, no caso de um concorrente, é necessário muitos e muitos acessos recorrentes e sistemáticos."

Ela descartou a possibilidade de a estratégia da empresa para participar do leilão de Libra ter sido acessada por hackers.

"Nós pesquisamos a fundo Libra. E, para conhecê-la tão bem quanto nós, teriam de capturar toda a Petrobras", afirmou.

INVESTIMENTOS

Segundo Graça, apenas neste ano Petrobras vai ter um gasto de R$ 4 bilhões com segurança empresarial, que serve, por exemplo, para proteger os dados da empresa de espionagem.

Estima-se que de 2013 a 2017 essa despesa chegue a R$ 21,2 bilhões.


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