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Inflação leva secretário de Cristina a ser indiciado

Juiz diz que houve abuso de autoridade em multa a consultoria que divulgou índice de preços

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

O secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, há oito anos no cargo, foi indiciado anteontem pelo crime de abuso de autoridade.

A ação foi movida por Jorge Todesca, dono da Finsoport, consultoria multada por Moreno em 500 mil pesos (R$ 194 mil) em 2011 por divulgar índices de inflação superiores aos oficiais do governo. Outras consultorias também foram multadas, recorreram e ganharam na Justiça.

Agora, Moreno espera levar o caso à Corte Suprema da Argentina.

O juiz Claudio Bonadio considerou que houve abuso por parte do secretário argentino, já que a atividade da Finsoport e de outras consultorias não faziam parte da jurisdição da secretaria de Comércio Interior.

Em sua sentença, Bonadio declarou embargo aos bens de Moreno até que ele pague uma multa de 50 mil pesos (R$ 19,4 mil).

O crime de abuso de autoridade prevê ainda pena de um mês a dois anos de prisão.

A acusação de Moreno de que as consultorias usavam dados falsos em seus índices de inflação foi considerada improcedente pelo juiz, que afirmou que os números apresentados eram similares aos dos divulgados por cinco Estados do país.

FALTA DE CREDIBILIDADE

Desde 2007, o Indec (Instituto Nacional de Estatísticas e Censos), espécie de IBGE da Argentina, é acusado de manipular os números da inflação no país.

A falta de transparência e a disparidade dos dados econômicos levaram o FMI a censurar a Argentina no começo do ano, na primeira advertência desse tipo pelo órgão.


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