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Bolsa sobe 2,6%, e dólar recua para o menor valor desde junho

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

A decisão do banco central dos EUA de manter inalterado o estímulo monetário naquele país fez a Bolsa brasileira atingir ontem seu maior nível em mais de três meses e o dólar cair para o menor valor desde o final de junho.

O efeito foi positivo sobre os mercados emergentes, que devem manter, ao menos por ora, uma entrada maior de investimentos estrangeiros.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, fechou no maior patamar desde 28 de maio, após alta de 2,64%. O indicador chegou a cair 0,5% pela manhã, mas engatou alta depois da decisão do Fed.

A Bolsa brasileira também foi ajudada pelo forte avanço de 2% das ações mais negociadas da Petrobras e pela alta de 10% dos papéis da OGX, petroleira de Eike Batista.

A expectativa de que não haverá redução na oferta de dólares nos emergentes fez o real se valorizar ontem em relação à moeda americana.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou o dia em queda de 0,78% em relação ao real, cotado em R$ 2,239 na venda, atingindo o menor valor desde 23 de julho.

Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, teve baixa de 2,92% em relação ao real, para R$ 2,194 --menor valor desde 26 de junho. A diferença entre as variações acontece porque o dólar à vista fecha às 16h30, e o comercial, às 17h. O anúncio do Fed ocorreu por volta das 15h.

IMPACTO

Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, os investidores têm "exagerado" na avaliação do impacto que um corte no estímulo americano teria sobre os mercados. "Desde a crise, o Fed já injetou US$ 2,7 trilhões na economia americana. Reduzir o valor [do programa de estímulo] não fará grande diferença", enfatiza.

As taxas de juros futuros fecharam em queda, acompanhando a desvalorização do dólar. "Com a moeda americana mais fraca, é menor a pressão inflacionária no país, o que reduz a necessidade de elevação dos juros", explica Luiz Gustavo Pereira, estrategista da Futura Corretora.

Além da manutenção do estímulo do Fed, que significa que a oferta de dólares no Brasil não será restringida no curto prazo, a desvalorização da moeda foi amparada pelas intervenções diárias do Banco Central brasileiro. A autoridade monetária realizou um leilão de swap cambial tradicional, que equivale à venda de dólares no mercado futuro.


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