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Alívio do Fed não vai durar, diz economista

Executivo do JPMorgan diz que decisão do BC dos EUA cria apenas janela de oportunidade para investir em emergentes

Para ele, Brasil tem desafios como controle da inflação e criação de um ambiente melhor para investimentos

MARIA CRISTINA FRIAS ENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK JOANA CUNHA DE NOVA YORK

A decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), tomada em reunião na quarta-feira passada, de adiar a redução de estímulos na economia não só deu alívio aos países emergentes, como já beneficia o Brasil.

Bruce C. Kasman, diretor e economista-chefe global do banco JPMorgan, afirma que investidores viram na manutenção da atual política monetária nos EUA uma oportunidade de retornar a mercados de maior risco.

O desafogo, porém, provavelmente não durará muito. Para ele, ainda neste ano, o Fed deve iniciar o processo de diminuição das compras de ativos que por ora mantém.

A seguir, trechos da entrevista que ele deu em seu escritório na sede do banco americano, em Nova York.

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Folha - Depois da decisão do Fed, o senhor viu mais interesse em investimentos no Brasil?

Bruce C. Kasman - Eu acho que, de modo geral, sim. As conversas que tive com investidores foram de que isso vai promover oportunidade de se considerar o retorno aos mercados emergentes, especialmente àqueles mercados que têm estado sob maior pressão. E obviamente o Brasil está neste grupo.

A decisão do Fed trouxe alívio para mercados emergentes, mas quanto tempo isso vai durar?

Foi um alívio que não vai durar muito. Provavelmente, mais tarde neste ano, o Federal Reserve [o banco central americano] vai reduzir a compra de ativos [iniciada em setembro de 2012, de US$ 85 bilhões mensais] e voltar ao patamar que imaginávamos.

Mas acho que há uma grande mudança que terá um efeito positivo para ativos mais arriscados de mercados emergentes.

Como o sr. vê a economia do Brasil?

Pensamos que a economia brasileira ainda está diante de difíceis desafios, entre eles, o controle da inflação e a criação de um ambiente melhor para investimentos.

Mas acho que a dinâmica de uma economia global mais forte está ajudando, e a nossa experiência é que o Brasil é um dos países que têm benefícios com a elevação da demanda nos mercados desenvolvidos.

Vemos retomada global da indústria, que vai ajudar o Brasil, diretamente e indiretamente, e preços de commodities mais sólidos. Então, temos uma economia brasileira em que esperamos ver retomar um crescimento.

Qual a sua estimativa para o PIB de 2014?

Projetamos um PIB [Produto Interno Bruto] de 3% para o ano que vem.

Ainda é uma economia que não está indo tão bem quanto estávamos acostumados a esperar.


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