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Indústria paulista se retrai e limita expansão do setor no país no 3º tri

Produção em SP cai 0,3%, sob impacto do dólar e de importados

PEDRO SOARES DO RIO

Sob impacto do câmbio e da invasão de importados, a indústria paulista produziu menos no terceiro trimestre e puxou para baixo o setor em nível nacional.

No período, a produção caiu 0,3% nas fábricas do Estado de São Paulo, força motriz da atividade no Brasil --cuja expansão, em nível nacional, ficou limitada em 0,8% entre julho e setembro.

Responsável por 40% de tudo o que é produzido país, a indústria paulista registrara alta de 5,2% no segundo trimestre ante igual período de 2012. No país, o crescimento fora de 4,4%.

Apesar de a maioria das regiões ter registrado expansão do segundo para o terceiro trimestre --9 entre os 14 pesquisados pelo IBGE, muitas áreas importantes, além de São Paulo, tiveram queda ou registraram desaceleração.

São os casos do Rio e do Amazonas, ambos com altas de só 0,5% no terceiro trimestre. Oito regiões perderam dinamismo do segundo para o terceiro trimestre, diz o IBGE.

"São Paulo, por seu peso e sua importância, segurou o crescimento da indústria", disse Fernando Abritta, economista do IBGE.

A indústria paulista é a mais diversificada, a mais voltada ao mercado externo e a com maior conteúdo tecnológico do Brasil.

Assim, ela se beneficia em tempos de bonança, mas também tende a ser a mais prejudicada em época de crise e de baixo crescimento global.

É a que sofre mais com a entrada de importados no momento de crise da Europa e de alguns países emergentes, que espalham seus produtos ao redor do mundo custo baixo.

O dólar mais caro também encareceu insumos usados pelo setor.

Ainda entre os Estados com desempenho negativo, está Minas Gerais (-2,2%), importante polo da cadeia automotiva, da siderurgia e de extração de minério de ferro --os dois setores tiveram um trimestre mais fraco.

Também acumularam perdas no período Pará e Espírito Santo, da mesma forma dependentes da produção e do escoamento do minério e da fabricação de aço.

Para Rogério Souza, economista do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), o quarto trimestre pode ser "um pouco melhor" do que o terceiro, mas não "será bom nem robusto" o suficiente para apontar um "crescimento mais consistente".

"Vamos terminar o ano com a indústria em passo lento e o setor deve entrar em 2014 no mesmo ritmo."


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