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Paralisia do governo nos EUA não freia mercado de trabalho

Criação de empregos surpreende no mês passado, com geração de 204 mil vagas, 41 mil mais que em setembro

Dado será levado em consideração pelo Fed na hora decidir sobre o fim dos estímulos de US$ 85 bilhões ao mês

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A economia americana surpreendeu e criou mais postos de trabalho que o esperado no mês passado, quando houve a paralisação parcial das atividades do governo, devido a impasse no Congresso dos Estados Unidos.

Foram criadas 204 mil vagas em outubro, 41 mil mais que em setembro, indicando que o impacto da paralisia de 16 dias do governo americano foi mais limitado do que se temia inicialmente.

A expectativa de analistas era que fossem gerados aproximadamente 120 mil empregos em outubro.

A taxa de desemprego subiu de 7,2%, em setembro, para 7,3%, mas ela reflete a dispensa temporária de funcionários públicos devido ao fechamento parcial do governo. Esses trabalhadores já retornaram às suas funções e, segundo o Departamento de Trabalho (responsável pela estatística), sem essas dispensas, a taxa seria de 7%.

No entanto, o mercado de trabalho ainda continua a dar sinais de fraqueza.

Cerca de 11,3 milhões de americanos estão sem emprego, e a taxa de participação (porcentagem dos americanos em idade para trabalhar que têm emprego ou estão procurando um) está no menor patamar em 35 anos.

O relatório divulgado ontem será levado em conta pelo Fed (banco central dos EUA) em dezembro na hora de decidir se mantém no ano que vem os estímulos de US$ 85 bilhões que foram iniciados no fim de 2012.

Mais importante, no entanto, serão os dados de emprego de novembro, que serão publicados no dia 6 de dezembro, antes da reunião do Fed, marcada para o dia 18.

O presidente da divisão de Atlanta do banco central americano, Dennis Lockhart, afirmou ontem que o organismo vai estudar na reunião de dezembro o início do desmonte dos estímulos.

No entanto, sem um sinal mais claro de retomada firme do emprego, é improvável que a ajuda à economia seja reduzida ainda neste ano.

Ou seja, as mudanças devem ficar para a gestão de Janet Yellen, indicada pelo presidente Barack Obama para suceder Ben Bernanke no comando do Fed em 2014.

A retirada dos estímulos é acompanhada com preocupações pelos mercados emergentes (entre eles, o Brasil) pelo efeito que deve trazer para suas moedas, já que, sem o dinheiro barato jogado mensalmente pelo Fed, o dólar deve ganhar força ante outras divisas.

AVANÇO DO PIB

Um outro ponto que será levado em consideração pelos membros do Fed será o crescimento do PIB do terceiro trimestre.

O avanço de 2,8% de julho a setembro em relação aos três meses anteriores (na taxa anualizada) foi o mais forte em um ano para a maior economia global.

Porém, em meio ao resultado positivo, há indicadores que apontam por que o banco central dos EUA ainda não começou a desmontar os estímulos de US$ 85 bilhões.

Um deles é que os norte-americanos estão freando suas compras. Os gastos dos consumidores cresceram 1,5% de julho a setembro na comparação com o segundo trimestre (na taxa anualizada), o menor aumento desde o segundo trimestre de 2011.

Essa desaceleração nos gastos mostra que os consumidores (principal motor do PIB dos EUA) estavam preocupados com as perspectivas da economia e decidiram conter os seus gastos.


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