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Espanhola desiste de leilão de aeroportos
Operadora Aena aguardava mudança de regra para disputar Galeão e Confins, no dia 22
Às vésperas da entrega dos envelopes de habilitação para o leilão dos aeroportos de Confins (MG) e Galeão (RJ), a operadora aeroportuária espanhola Aena anunciou que desistiu de concorrer.
A operadora tinha acordo com a Engevix, que integra o consórcio que administra o aeroporto de Brasília.
A Aena tinha esperança de que o governo conseguiria reverter uma regra do edital, criada pela própria administração federal e aprovada pelo TCU (Tribunal de Contas da União), que limita a participação dos atuais controladores de aeroportos a 15% nos consórcios que participarão da nova disputa.
Na quarta-feira passada, o TCU negou pedidos de mudanças, confirmando o teto de 15%. A Folha apurou que o governo esperava flexibilizar a regra para aumentar as chances de sucesso do leilão no próximo dia 22.
A flexibilização atrairia também a Invepar, empresa de infraestrutura formada por fundos de pensão e pela OAS e que administra Guarulhos.
A expectativa é que seis consórcios apareçam nesta segunda-feira na sede da BM&FBovespa para entregar os três envelopes com documentos de habilitação, proposta econômica e garantias.
Pelo menos três consórcios devem apresentar propostas para os dois aeroportos: Odebrecht (com Changi, de Cingapura), Ecorodovias (parceira da alemã Fraport) e CCR (que se associou aos operadores de Munique e Zurique).
Concorrem ainda a Carioca Engenharia (com GP Investimentos, aeroportos de Paris e Schipol), Galvão Engenharia e Fidens (com Libra e ADC & Has, de Houston) e Queiroz Galvão (com a espanhola Ferrovial).
Apesar de as regras do leilão terem sido muito criticadas pelos proponentes, a expectativa é de que ao menos o Galeão seja arrematado com ágios maiores que os de Guarulhos (mais de 300%).