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Discurso de Dilma em Davos freia alta do dólar
Moeda fecha o dia cotada a R$ 2,40
Após uma manhã turbulenta ontem, com as crises na Argentina e na Turquia aumentando as preocupações dos investidores com países emergentes, as declarações da presidente Dilma Rousseff em Davos (Suíça) amenizaram as desconfianças em relação ao Brasil.
Assim, depois de chegar a R$ 2,432 nos primeiros negócios do dia, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, perdeu força e fechou em alta de 0,29%, a R$ 2,402.
Dilma disse que o controle da inflação e o equilíbrio das contas públicas são "requisitos essenciais para assegurar a estabilidade econômica". E que "a estabilidade da moeda é hoje um valor central".
Para Tatiane Cruz, gestora da corretora Coinvalores, as declarações ajudaram os investidores a perceber que, embora de um mesmo bloco, cada emergente tem suas características e alguns estão em melhor situação que outros.
Mas também há ressalvas.
Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, as intervenções do governo brasileiro na economia contribuem para preocupar os investidores.
"Há o medo de que o Brasil adote a mesma política de Argentina e Venezuela", diz.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa local, caiu 1,10%, a 47.787 pontos, acompanhando a baixa dos mercados de ações do exterior. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones caiu 1,96%.