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Fundo DI é aposta para proteção em 2014

Para consultores, produto é opção de baixo risco em cenário de inflação em alta no Brasil e instabilidade externa

Investidores com foco no longo prazo podem aproveitar queda da Bolsa para entrar em fundos de ações

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

Com a perspectiva de um ano talvez ainda mais turbulento no mercado financeiro do que 2013 --caso o clima de crise que paira sobre países emergentes se agrave--, fundos de investimento conservadores podem ser boa alternativa para quem quer se proteger das perdas da inflação.

Em um cenário de aumento do juro básico do Brasil (a taxa Selic) pelo governo para tentar conter a escalada de preços, os chamados fundos referenciados DI estão entre as recomendações de consultores para 2014.

Esses produtos investem em títulos pós-fixados de baixo risco remunerados pelos juros e se beneficiam de uma tendência de alta da Selic --que subiu de 7,25% para 10% ao ano em 2013, passou para 10,5% em janeiro deste ano e, na perspectiva de economistas, deve continuar aumentando em 2014 para pelo menos 11% ao ano.

Michael Viriato, professor de finanças do Insper, instituto de ensino e pesquisa, afirma que está difícil prever quanto devem oscilar a Bolsa e o dólar no Brasil, em função principalmente do cenário externo --com os EUA, em sua retomada, atraindo mais investimentos globais em detrimento de outros países.

"O mais sensato nesse ambiente é reduzir o risco da carteira de investimentos e apostar no fundo DI", diz.

A modalidade esteve entre as líderes de retorno para pequenos investidores no ano passado (veja quadro).

A simulação acima mostra o resultado médio da aplicação de R$ 10 mil por 12 meses em categorias que estiveram entre as mais rentáveis e as que deram prejuízo em 2013.

Os cálculos incluem comparações já com desconto do Imposto de Renda devido em cada caso e trazem a rentabilidade percentual após o pagamento do IR com a inflação oficial do período.

Os fundos de renda fixa, que investem tanto em títulos pós-fixados quanto prefixados (com rendimento definido no momento da aplicação), renderam abaixo da inflação após desconto de IR.

Esses produtos foram prejudicados pela desvalorização dos papéis prefixados, que, com o aumento do juro básico, tiveram grandes descontos em seu valor de face em função da chamada "marcação a mercado" --mecanismo que atualiza diariamente o valor do título pela diferença entre a taxa de juro daquele momento e a do momento de emissão do papel.

Os fundos cambiais, que acompanham o desempenho de moedas estrangeiras, foram os que mais renderam em 2013, beneficiados, principalmente, pela alta de 15,5% do dólar.

Para consultores, porém, o pequeno investidor só deve entrar em uma aplicação como essa, ou mesmo comprar moeda estrangeira em espécie, se ele tiver gastos programadas no exterior --como com um filho que mora em outro país ou uma viagem.

Como alternativa de investimento fora desse contexto, afirmam especialistas, o dólar é instável e, no longo prazo, a renda fixa paga mais.

AÇÕES

Para quem não tem pressa em resgatar os recursos investidos --possui um horizonte de pelo menos cinco anos--, entrar em um fundo de ações hoje pode representar uma boa oportunidade de retorno futuro, pois as ações na Bolsa brasileira já caíram muito --levando junto os fundos-- e são consideradas "baratas".

Ante de escolher um fundo, porém, é preciso avaliar os custos, especialmente a taxa de administração. Segundo analistas, para compensar o investimento, a taxa não pode ultrapassar 1% ao ano.


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