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Preocupação com resultado derruba Vale e Bolsa de SP
Perspectiva de desaceleração chinesa pesou nos mercados globais; ação da mineradora caiu 4,6%, e Bovespa, 2,2%
Ações de bancos também caíram, após rebaixamento da nota de risco de nove instituições pela S&P
Com a perspectiva de desaceleração da economia da China no primeiro trimestre, as ações mais negociadas da Vale caíram 4,62% ontem e ajudaram a puxar a Bolsa brasileira para baixo.
Os papéis da mineradora têm peso de 11,8% no Ibovespa, principal índice do mercado doméstico, que terminou o dia em baixa de 2,21%, aos 50.539 pontos.
A Bolsa fechou as suas atividades antes do anúncio do PIB chinês, que ocorreu no fim da noite de ontem.
A preocupação era de que a economia da China --importante mercado consumidor de matérias-primas do mundo todo e principal comprador dos produtos brasileiros-- tivesse se desacelerado no início do ano.
A segunda maior economia global cresceu 7,4% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2013.
Na Europa, as Bolsas também caíram. O mercado da Alemanha caiu 1,77%, e a Bolsa de Londres, 0,64%.
Nos EUA, as Bolsas passaram boa parte do dia em baixa, mas se recuperaram no fim do pregão, com a divulgação de resultados financeiros positivos de algumas empresas. O índice Dow Jones subiu 0,55%.
"A China é o principal consumidor internacional do minério de ferro da Vale. Por isso, o peso da perspetiva de desaceleração é maior sobre a empresa", disse Filipe Machado, analista da Geral Investimentos.
"Claro que uma taxa de crescimento em torno de 7% continua muito forte, mas, como a China tem sido o motor do mundo, qualquer sinalização de desaquecimento preocupa os investidores", acrescenta Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.
As siderúrgicas também sentiram o "efeito China".
Mesmo sem relação direta de exportação para o país, essas empresas, que também vendem minério bruto principalmente no mercado brasileiro, foram afetadas pela avaliação de que, com demanda global menor, o preço da matéria-prima diminua.
CÂMBIO
No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 1,31%, a R$ 2,239.