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Exportação de grãos vai dobrar, diz Bunge

Para empresa, China manterá demanda

TATIANA FREITAS ENVIADA ESPECIAL A BARCARENA (PA)

As exportações brasileiras de soja e de milho vão praticamente dobrar nos próximos dez anos, passando de 65 milhões de toneladas para 110 milhões de toneladas.

A estimativa é do presidente mundial da Bunge, Soren Schroder, que está no país para a inauguração do Terfron (Terminal Portuário Fronteira Norte), um sistema logístico formado por uma estação de transbordo em Miritituba (PA), transporte hidroviário de grãos pelo rio Tapajós e recebimento e exportação pelo terminal portuário de Vila do Conde, em Barcarena (PA).

O terminal, que deve exportar 2 milhões de toneladas neste ano e dobrar a capacidade em 2015, poderá receber investimentos para ter 8 milhões de toneladas em 2018.

Para Schroder, que até o ano passado comandava as operações da Bunge na América do Norte, o Brasil é o único país capaz de responder ao crescimento da demanda por grãos nos próximos anos, principalmente da China.

"A demanda continuará vindo da Ásia. E essa demanda precisa da produção brasileira", acrescenta o argentino Raul Padilla, que em maio assume a presidência da Bunge Brasil.

O Brasil foi o país que mais recebeu investimentos da Bunge na última década. Uma das apostas é o terminal de exportação de grãos inaugurado ontem em Barcarena, que consumiu R$ 700 milhões.

Com o projeto, a Bunge pretende aumentar a sua participação no mercado de soja no Brasil, hoje perto de 25%. "Nosso objetivo com o investimento é ampliar nossa participação de mercado, e a única forma de fazer isso é aumentar nossa margem e distribuir parte disso ao produtor", diz Pedro Parente, atual presidente da Bunge Brasil.

Considerando a capacidade de exportação prevista para o próximo ano, de 4 milhões de toneladas, com o Terfron a Bunge aumenta a sua capacidade de embarque no Brasil para 35 milhões de toneladas de grãos por ano.

CALOTES NA CHINA

As notícias de calote, devoluções de carga e de revenda da soja brasileira aos EUA pela China não preocupam a companhia, uma das maiores exportadoras do produto.

Schroder reconhece que as margens de processamento de soja estão muito baixas no momento no país asiático, "o que não é bom para ninguém". Mas ele afirma que os problemas são passageiros.


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