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VW dá férias e GM discute a suspensão de contratos
Medidas se seguem a uma queda na venda de veículos nos últimos meses
Montadoras não confirmam número de funcionários atingidos pelas medidas nas unidades paulistas
A Volkswagen deu início nesta segunda-feira (25) a um período de férias coletivas de dez dias para funcionários da unidade de Taubaté (a 140 km de São Paulo).
A empresa não informou o número de atingidos, mas apenas as áreas administrativas continuarão a operar. Ao todo, a unidade emprega cerca de 4.500 trabalhadores.
Essa é mais uma das interrupções nas linhas de montagem em um ano marcado pela baixa nas vendas.
De acordo com a Anfavea (associação das montadoras), a produção de veículos registrou queda de 17,4% na comparação de janeiro a julho deste ano com o mesmo período de 2013, enquanto os licenciamentos caíram 8%.
A entidade espera que o mercado reaja nos próximos meses, mas sabe que a retração nos emplacamentos deverá ser superior a 5% no acumulado de 2014 em relação ao ano passado.
A Volkswagen já havia passado por um período de suspensão temporária de contratos ("lay-off"), anunciado em maio. Na mesma época, o Grupo PSA Peugeot Citroën deu início a um plano de demissão voluntária.
Outras empresas do setor também tiveram períodos de férias coletivas ao longo de 2014, como Fiat, Ford, Hyundai, Renault e Scania.
GENERAL MOTORS
Também afetada pela queda nas vendas, a General Motors do Brasil pode suspender temporariamente o contrato de trabalho de cerca de 900 funcionários.
A decisão será tomada nesta terça-feira (26) após assembleia com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região.
De acordo com a fabricante, que não confirma o número de colaboradores que podem entrar em "lay-off", a possível suspensão ocorrerá a partir do dia 8 de setembro, na unidade de São José dos Campos (a 97 km de São Paulo), onde atualmente produz a picape S10 e o utilitário Trailblazer.
Em visita ao Brasil neste mês, a presidente-executiva da GM, Mary Barra, disse que o investimento recentemente anunciado de R$ 6,5 bilhões não impediria outras suspensões temporárias.
"Novos investimentos são uma mensagem positiva, mas você nunca pode dizer que demissões e lay-offs' estão fora de cogitação", explicou.
O sindicato teme mais demissões na empresa. Em dezembro de 2013, a GM dispensou cerca de mil funcionários em São José dos Campos.
A unidade deverá receber novos produtos entre 2015 e 2016, como parte da renovação da linha de carros compactos da Chevrolet.