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Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
Empresa reativará fábrica química na Bahia
O grupo Formitex, dono da marca Formica e que atua com química, laminados e papéis, comprou uma fábrica da Dow Brasil, localizada no polo industrial de Camaçari, na Bahia.
A unidade, desativada desde 2012, produzia tolueno diisocianato (TDI), usado como matéria-prima para espumas, tintas, vernizes e carpetes.
Procuradas, a Dow Brasil e a Formitex confirmaram a negociação. A empresa compradora, no entanto, não quis dar detalhes sobre o que será fabricado no local.
O processo para obter a licença de produção já foi apresentado pela Formitex, segundo o governo da Bahia.
"A companhia deu entrada no projeto e investirá R$ 120 milhões, uma parte na compra e a outra na implantação e substituição de equipamentos", diz Paulo Guimarães, superintendente de Desenvolvimento Econômico.
Com base nos dados que foram informados ao governo, a planta terá capacidade para produzir 20 mil toneladas de glicerina e 60 mil toneladas de polióis por ano, além de outros produtos à base de óleo de soja, de acordo com Guimarães.
"O município é rico em matérias-primas para a indústria química, como cloro, petroquímicos básicos, cultivo de mamona, soja e milho", diz.
"O grupo pretende iniciar as operações até o fim deste ano. Geralmente, uma indústria química que começa do zero leva de três a cinco anos para ser entregue."
Além da nova fábrica em Camaçari, a Formitex está implantando uma unidade em Candeias (BA) para a produção de HPMC, espessante para a construção civil.
vagas abertas no sul
Para suprir o deficit de mão de obra qualificada, seis em cada dez empresas instaladas na região Sul pretendem turbinar seus pacotes de remuneração e benefícios, segundo pesquisa da empresa de recrutamento Michael Page.
Dos 900 profissionais ouvidos nos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, 70% afirmaram ser difícil encontrar executivos qualificados na região.
A área comercial (45%) é a que mais sofre para recrutar profissionais tecnicamente capacitados para a função, seguida pelos segmentos de engenharia (31%), finanças (27%) e logística (22%).
Metade dos executivos de outras regiões, entretanto, rejeitam ofertas no Sul devido a limitações familiares ou ao receio de perderem visibilidade profissional ao se afastarem dos grandes centros, de acordo com o estudo.
Entre os motivos, os candidatos também disseram ter a sensação de que a remuneração não está alinhada (37%) e de que podem não ter tantas chances de crescimento profissional (25%).
SEM ALTERAÇÕES
O nível de emprego na construção civil brasileira registrou estabilidade no mês passado.
Dados do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) apontam para uma alta de 0,08% em relação a junho.
Na comparação com julho de 2013, houve uma retração de 0,13%.
"A tendência é de estabilidade. Normalmente, o terceiro trimestre do ano costuma ser melhor, mas, com as eleições, não sabemos como o cenário se comportará", diz o novo presidente da entidade, José Romeu Ferraz Neto, que assumiu o cargo no início deste mês.
Entre as regiões do país, o nível de emprego cresceu ante junho apenas no Norte e no Nordeste, com 2,25% e 0,15%, respectivamente.
No Estado de São Paulo, Presidente Prudente puxou o avanço, com 4%, e Santos, o recuo, com -1,96%. Não houve variação na capital.
Em todo o país, o setor empregava 3,5 15 milhões de pessoal no fim de julho.
CANTEIRO DE OBRAS
Após ter crescido a uma média anual de 1% nos últimos cinco anos, o mercado global de infraestrutura deverá avançar a uma taxa de 4% até 2018, segundo um estudo do BCG (Boston Consulting Group).
Apesar da alta mundial, a China deverá sofrer uma forte desaceleração: a média anual de expansão poderá passar dos 16% registrados nos últimos cinco anos para 7% no próximo quinquênio.
Na América do Sul, a projeção é de uma evolução um pouco melhor: 5% ao ano até 2018, ante 4% de 2008 a 2013.
Seis anos após a crise global, as empresas de engenharia, construção e serviços operam hoje em um cenário de margens apertadas, competição e pressão do mercado de capitais para criar valor, de acordo com relatório da consultoria.
Nos próximos cinco anos, o setor deverá ter um avanço maior em mercados considerados mais maduros.
Principal segmento da infraestrutura, a área de transportes poderá avançar a uma média de 5% ao ano --a taxa anual foi de 3% no intervalo encerrado em 2013.
Mercado... A JFL Alarmes, fabricante de equipamentos de segurança eletrônica, vai investir R$ 20 milhões na expansão da planta de Santa Rita do Sapucaí (MG) e na abertura de uma nova em Manaus.
...de segurança Com a ampliação da estrutura, a companhia projeta um crescimento de 30% nos negócios até o fim deste ano. Em 2013, o faturamento do grupo foi de R$ 120 milhões.
Referência O modelo utilizado pela FNQ (Fundação Nacional de Qualidade) para avaliar o desenvolvimento das organizações no Brasil será adotado pela entidade congênere da África do Sul.
Laboratório As companhias BD, dos Estados Unidos, e Brunker, da Alemanha, fecharam uma parceria para comercializar no Brasil um equipamento de diagnóstico de exames.