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Tarifas públicas já sobem acima da meta neste ano

Nos últimos 12 meses, preços monitorados pelo governo tiveram alta de 5,07%

Energia já aumentou 13,58% nos últimos 12 meses, mesmo com subsídios do Tesouro, de R$ 13 bilhões

GUSTAVO PATU DE BRASÍLIA

Enquanto os presidenciáveis debatem na campanha a necessidade de um "tarifaço" no próximo ano, as tarifas públicas e outros preços monitorados pelos governos já estão subindo acima da meta oficial de inflação.

Dados divulgados nesta sexta (5) mostram uma aceleração aguda desses preços, que o governo Dilma Rousseff represou para segurar a escalada inflacionária.

Nos últimos 12 meses, a alta é de 5,07%, um salto em relação ao 1,54% registrado durante o ano passado.

O controle de preços como os da gasolina e da energia elétrica no ano passado evitou que a inflação, acima do centro da meta de 4,5% desde 2010, estourasse o limite máximo de 6,5%.

Mas a administração petista está sendo forçada a rever essa estratégia.

Depois de impor --e faturar politicamente-- uma redução das contas de luz, o governo acabou tendo de permitir uma forte elevação neste ano, porque a escassez de chuvas comprometeu a geração da energia hidrelétrica e levou ao maior uso de usinas de geração termelétrica, cuja energia é mais cara.

Essas tarifas já subiram 13,58% nos últimos 12 meses, e a taxa só não é mais elevada porque o Tesouro Nacional está gastando R$ 13 bilhões em subsídios neste ano para compensar as perdas das empresas do setor.

Outros preços monitorados acumulam altas acima da meta de inflação, caso das tarifas de ônibus interestaduais, planos de saúde, jogos de azar, óleo diesel, táxi, correio, produtos farmacêuticos, gás veicular e de botijão.

GASOLINA

A principal incógnita é como o governo atual e o futuro reajustarão o preço da gasolina, que tem grande impacto na inflação quando sobe e prejudica o caixa da Petrobras quando é represado --como hoje (leia mais sobre a Petrobras no caderno "Mercado 2").

Os analistas de mercado esperam uma alta em torno de 5,05% nos preços monitorados neste ano, mas essa projeção tem subido desde o início do ano.

Para 2015, esperam-se mais 7%, mas o cálculo desconhece as intenções da próxima administração.

Outros preços defasados são de responsabilidade de governos estaduais e municipais, caso das tarifas de transporte público urbano.

No início do ano passado, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, pediu ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), o adiamento dos reajustes das tarifas de metrô e ônibus, respectivamente.

Na mesma época, o prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad, também recebeu um pleito semelhante do governo federal.

Depois, a tentativa de reajuste das passagens dos ônibus paulistanos precipitou a onda de protestos e manifestações de ruas a partir de junho de 2013, o que acabou levando a uma sobrevida do represamento dos preços.

Assim como as estatais, os governos regionais também perdem recursos para investimentos ao protelar o aumento de tarifas.


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