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Meta não pode ser obtida às custas de desemprego maior, diz Dilma

DE PORTO ALEGRE DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (5) que o país não pretende buscar um índice de inflação no centro da meta, que hoje é de 4,5% ao ano, às custas de um aumento no desemprego.

"Meu compromisso é com a meta de inflação, eu procurarei sistematicamente buscar o centro da meta. Agora, para isso, não vou, porque não acho correto, desempregar o povo brasileiro", disse, em discurso de abertura da 37ª Expointer, feira agropecuária em Esteio, região metropolitana de Porto Alegre.

Dilma disse ainda que é comum os índices de inflação variarem mais nesta época do ano. Segundo dados divulgados nesta sexta (5), o IPCA subiu 0,25% em agosto e acumula alta de 6,51% em 12 meses, acima do teto da meta (6,5%).

Questionada sobre o índice, a presidente disse que sempre se espera uma variação pequena nesta época e que o país nunca esteve "sistematicamente no centrão da meta", a não ser em três anos.

"Nos períodos de 12 anos, 15 anos, que nós temos meta de inflação, em nove anos sempre tivemos um pouco acima do centro da meta."

O regime para a inflação foi adotado pelo país em junho de 1999, mas a meta atual do governo, que tem piso em 2,5% e teto a 6,5%, foi implementada apenas em 2006. De lá para cá, somente em 2006, 2007 e 2009 o governo conseguiu aproximar o índice do centro, que é de 4,5% ano.

A rigor, em 2000, no segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, a inflação também esteve no centro da meta, que então era de 6% ao ano.

ESTIMATIVA

O governo espera terminar o ano com um índice de inflação de 6%, disse nesta sexta-feira (5) o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland.

A estimativa do governo é mais otimista do que a visão do mercado. Na última consulta semanal do Banco Central a economistas, a expectativa é a de que o IPCA termine em 6,27% no ano.

Holland ressaltou que, de setembro a dezembro, há um ciclo de alta na inflação, mês a mês, mas que essa tendência não deve comprometer o cumprimento da meta estipulada pelo governo, de manter a inflação até o teto de 6,5%.

O secretário afirmou que a queda nos preços de alimentos e bebidas deve ajudar no processo de recuperação da confiança dos consumidores brasileiros ao longo dos próximos meses. (FELIPE BÄCHTOLD E SOFIA FERNANDES)


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