Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Confira quando é hora de comprar ou vender títulos

Papéis longos devem ser evitados em momentos de incerteza como o atual

Taxas menores podem beneficiar investidor que tiver fundos ou títulos com juros altos como os atuais

DE SÃO PAULO

Quem comprou um título do governo que vence em 2050, considerado um dos papéis de maior risco, não precisa esperar 35 anos para resgatar a aplicação. Pode vendê-lo agora, embolsando um considerável prejuízo ou lucro dependendo de quando adquiriu esse papel.

Por exemplo: se comprou há 30 dias, terá perdido 2,83% do que investiu. Se a compra foi no fim do ano passado, o ganho será ainda de 17,13% (em agosto teria sido de 20%).

A conta depende do que acontecerá (ou mesmo do que o mercado acha que ocorrerá) com os juros daqui um, dez ou 35 anos.

"São papéis muito voláteis. Quem já os estiver carregando precisa saber que os próximos meses serão especialmente arriscados. Eles precisam estar cientes de que podem ver prejuízos nos extratos", disse Mauro Halfeld, professor da UFPR.

"Como alternativa, sugiro vender e comprar títulos mais curtos, com vencimento em 2020, por exemplo, e as LFTs [atreladas à Selic]."

Confira a situação dos principais títulos (e fundos que compram esses papéis) nos cenários previsíveis.

JUROS SOBEM FIRME EM 2015

É o cenário defendido pela oposição, que prega um corte pesado nas contas públicas e juros altos para debelar a inflação, trazendo o IPCA (índice oficial de inflação) para o centro da meta de 4,5%.

As contraindicações são desemprego maior e atividade econômica ainda mais fraca. Neste cenário, os títulos longos comprados com taxas próximas de 6% mais IPCA (como as atuais) devem disparar, ocasionando lucro aos investidores. Pode ser um bom momento para vendê-los.

Já o ganho com títulos curtos (como as LTN, Letras do Tesouro Nacional) compradas com taxas de 11,5% (taxa da LTN de 2016) podem desabar se os juros ultrapassarem esse patamar. O melhor é não comprá-los agora. Quem tiver esse papel pode esperar um ano e receber o juro acertado.

JUROS FICAM NA MESMA

Após um 2014 difícil, os partidários da presidente Dilma Rousseff tendem a não elevar tanto os juros no ano que vem, aceitando conviver com uma inflação no topo da meta de 6,5%.

Nesse caso, os títulos de prazo menor (até 2020) não devem ter grande impacto nem os longos, que já embutem essa perspectiva.

Quem comprou títulos longos com taxas elevadas já deve ter tido prejuízo e pode esperar um momento melhor (quando houver indicação de que as taxas podem cair) para vendê-los sem prejuízo ou com um pequeno lucro.

JUROS CAEM EM 2016

É o cenário de agravamento da crise brasileira e internacional, em que o governo tenha de estimular a economia para forçar o consumo e os investimentos.

Quem tem títulos com taxas elevadas (como as atuais) vai ganhar se os juros recuarem, pois seu papéis serão vendidos com ágio.

Pode ser um bom momento para vendê-los ou guardá-los para uma poupança de longo prazo.

NÃO SABE

É a aposta mais conservadora, da maioria do mercado. Se acha que tudo pode acontecer, com probabilidades semelhantes, o melhor é sair das aplicações com taxas prefixadas ou ligadas à inflação. O refúgio, são as LFT (Letras Financeiras do Tesouro), que seguem a flutuação da Selic. "O investidor dorme tranquilo, não tem ganhos extraordinários, mas também não corre risco", diz Pedro Paulo Silveira, economista da TOV.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página