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Mercado acredita em uso de câmbio contra inflação

MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO

As apostas de inflação mais alta neste ano ganharam força nos últimos dias. Mas analistas e investidores não acreditam que a taxa de juros seja usada como remédio.

Projeções reunidas na pesquisa semanal do Banco Central com cerca de cem bancos e consultorias econômicas, divulgada ontem, e os negócios no mercado de juros futuros indicam que a maioria prevê estabilidade da taxa de juros (Selic) em 2013.

Com isso, resta a valorização da taxa de câmbio como ferramenta para o controle dos preços, estimam analistas e operadores de renda fixa ouvidos pela Folha. O recuo na cotação do dólar barateia importados e alimentos com preços atrelados ao mercado externo.

Segundo as projeções da pesquisa do BC, o Copom (Comitê de Política Monetária) deverá manter os juros em 7,25% ao ano.

Os motivos são os sinais de que a retomada do crescimento ainda não ganhou velocidade. Subir os juros para conter a inflação poderia afetar a recuperação.

Nas mesas de operação de renda fixa, a aposta corrente é que manter os juros baixos é uma agenda presidencial.

Já o câmbio desvalorizado, favorável à indústria, é uma agenda do Ministério da Fazenda, que pode ser adiada para conter as altas de preço, que voltaram a preocupar.

A expectativa de inflação embutida nos títulos do governo, a "inflação implícita", vem subindo. Papéis com vencimento no final do ano, segundo estimativa de Antônio Madeira, da LCA Consultores, já contemplam inflação no limite da meta do governo (6,5%). No início de dezembro, estava ao redor de 6%.

"Existe a percepção de que temos um problema de oferta, e, quando a economia voltar a crescer, haverá mais pressão sobre a inflação", diz o consultor, ex-diretor do BC e colunista da Folha Alexandre Schwartsman.


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