Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Usina de MS recebe financiamento islâmico

Empresa e valor não foram revelados; financiador vai poder conferir ativo por meio de câmera

DO “FINANCIAL TIMES”

Um pequeno banco de investimento do golfo Pérsico obteve milhões de dólares em financiamento enquadrado às normas da sharia (lei islâmica) para uma usina brasileira de açúcar e álcool.

O acordo, intermediado pelo Abu Dhabi Equity Partners, vai financiar um produtor de álcool químico não identificado em Mato Grosso do Sul. O montante não foi revelado, mas uma operação desse tipo costuma envolver de US$ 5 milhões a US$ 25 milhões.

"Temos uma região com excesso de energia e capital, e eles têm um mercado imenso onde as duas coisas são mais escassas", Muneef Tarmoom, fundador do Abu Dhabi Equity Partners.

Segundo ele, o etanol envolvido na transação bastaria para abastecer 50 mil carros por uma semana.

As transações bancárias islâmicas encorajam negócios baseados em ativos, proíbem a aceitação de juros e evitam atividades que a religião vê como pecaminosas (fumo e bebida alcoólica, por exemplo).

Ainda que a companhia brasileira produza álcool, a transação respeita as normas da sharia porque o produto não está sendo fabricado para consumo humano.

DE OLHO NO ATIVO

O acordo envolve aquisição do etanol pelo banco que concede o empréstimo e, depois de um período de três meses, o produtor de álcool pode vender o produto.

Como resultado da venda, o banco recebe de volta o investimento inicial e mais uma taxa determinada de lucro. Os lucros adicionais são pagos ao agricultor.

Ainda que a transação seja complexa, Tarmoom, do Abu Dhabi Equity Partners, diz que ela destaca o desejo dos investidores de conceder empréstimos garantidos por ativos físicos diretos.

O acordo permite que o financiador confira o ativo por meio de uma câmera instalada no armazém.

Ele também demonstra como companhias de menor porte, como o Abu Dhabi Equity Partners, estão criando novas possibilidades de investimento para os prósperos investidores islâmicos.

Tradução de PAULO MIGLIACCI


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página