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Fundo de ação cobiça cliente da renda fixa

Produtos arrojados também cortaram aplicação mínima em busca de investidor insatisfeito, dizem especialistas

Estratégia, porém, é questionada, por causa da diferença de perfil do aplicador de cada um dos segmentos

DE SÃO PAULO

Ainda que em menor número, fundos de ações e multimercados -opções mais arrojadas, que oferecem maior possibilidade de ganho e mais risco- também tiveram aplicações mínimas iniciais reduzidas em até 98%.

Em alguns produtos com esse perfil, o valor exigido passou de R$ 10 mil para R$ 1.000 em 2012 (nesse caso, queda de 90%).

Na avaliação de especialistas ouvidos pela Folha, os gestores pretendem "promover" investidores que já aplicam em fundos de renda fixa -portanto, que não são iniciantes- para renda variável.

Considerando o cenário de juros baixos e o receio de muitos de aplicar diretamente na Bolsa, os fundos de ações seriam uma tentativa de manter nessa indústria clientes insatisfeitos com a rentabilidade da renda fixa.

"O investidor iria para um mercado de renda variável sem que o gestor perdesse a receita com esse cliente", diz Alexandre Chaia, professor do Insper, instituto de ensino e pesquisa. Na avaliação de Chaia, porém, a eficácia dessa estratégia é discutível.

"Quem tem perfil de renda fixa não migra para renda variável facilmente. Antes disso, tende a buscar uma opção intermediária, como um fundo renda fixa mais focado em títulos privados."

Os papéis de empresas, como os CDBs (Certificados de Depósito Bancário), costumam pagar mais que títulos públicos, pois embutem um risco de crédito maior.

Chaia afirma ainda que, quando a remuneração dos fundos mais conservadores cai, é mais comum os investidores resgatarem o dinheiro para consumir do que transferirem os recursos para outra aplicação.

Adriano Gomes, professor do curso de administração da ESPM-SP, ressalta que a aversão dos investidores de renda fixa ao risco é grande.

"Eles não lidam bem com qualquer perda na carteira, mesmo que ela possa ser revertida depois."


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