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Protestos marcam 1º de Maio na Europa

Grécia, Itália e Espanha têm manifestações contra cortes de gastos; na Turquia, houve confronto com a polícia

Tanto líderes de direita quanto de esquerda foram às ruas criticar as políticas de austeridade usadas na zona do euro

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Protestos vindos tanto da esquerda quanto da direita contra políticas de austeridade e o desemprego recorde na zona do euro marcaram o Dia do Trabalho na Europa.

Itália, Grécia, Espanha e França registraram protestos pacíficos. Na principal cidade da Turquia, Istambul, uma manifestação terminou em confronto com a polícia, que usou água e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão.

O discurso contra a austeridade foi comum a figuras como Alexis Tsipras, líder do partido de esquerda Syriza, na Grécia, e Marine Le Pen, da extrema direita francesa.

Ambos culparam os governantes no poder pela fraca resposta à crise econômica e social na zona do euro.

"A economia não vai se recuperar com um setor bancário falido e um sistema político corrupto", afirmou Tsipras. "Queremos que os trabalhadores deem um forte passo à frente para que possamos reconstruir, juntos, a Grécia", prosseguiu.

A Grécia, que teve adiado para a semana que vem o feriado comemorativo da data por coincidir com celebrações para a Páscoa ortodoxa nesta semana, registrou uma nova greve geral. Trens e balsas foram cancelados, e funcionários de serviços de saúde não trabalharam ontem.

Em Atenas, cerca de mil policiais foram convocados para lidar com a violência durante manifestações e greves de sindicatos tanto do setor público quanto do privado, mas não houve nenhum episódio problemático.

"Nossa mensagem hoje é muito clara: chega dessas políticas que machucam as pessoas e tornam os pobres mais pobres", disse Ilias Iliopoulos, secretário-geral do sindicato do setor público Adedy.

Na Espanha, onde a taxa de desemprego atingiu o recorde de 27%, os maiores sindicatos convocaram os trabalhadores para mais de 80 manifestações pelo país, reclamando contra os cortes de gastos do governo.

Candido Mendez, chefe do sindicato UGT, afirmou que ter mais de 6 milhões de pessoas desempregadas significa que "nunca houve um 1º de Maio com mais motivos para ir às ruas".

Tanto em Atenas quanto em Madri os protestos foram menores do que os que aconteceram no ano passado. Os dois países, que já pediram socorro financeiro às autoridades da União Europeia, têm os maiores índices de desemprego da zona do euro e lutam contra a recessão.

Na Itália, que recentemente formou um novo governo de coalizão, os protestos ganharam força depois do episódio desta semana em que um homem desempregado feriu dois policiais perto do gabinete do primeiro-ministro e afirmou que queria matar políticos, motivado pelo desespero econômico.


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