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Assad ataca cidade estratégica na Síria

Tropas do ditador investem contra Qusair, resultando na morte de 18 rebeldes e dezenas de civis feridos

Local é importante para regime porque fica em um corredor que liga Damasco a cidades da costa mediterrânea

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Forças leais ao ditador Bashar al-Assad lançaram ontem um forte ataque à cidade estratégica de Qusair, em uma das investidas mais pesadas contra rebeldes, afirmam ativistas.

Segundo o grupo britânico Observatório Sírio para Direitos Humanos, ao menos 22 pessoas morreram durante a batalha --18 eram rebeldes--, e outras dezenas ficaram feridas.

Tropas pró-Assad, que incluíam contingente da milícia libanesa Hizbullah, vinham tentando afastar rebeldes de Qusair. De acordo com a TV estatal síria, as tropas do país vêm ganhando espaço. Ativistas locais, entretanto, negam a informação, acrescentando que rebeldes conseguiam manter a posição.

Qusair é importante para Assad porque fica em um corredor que liga dois pontos importantes --a capital síria, Damasco, e cidades da costa mediterrânea.

Já para rebeldes, manter seu domínio sobre a cidade de Qusair significa proteger a linha de mantimentos que chega a partir do vizinho Líbano, que fica a apenas dez quilômetros dali.

Ontem, logo no início do dia, rebeldes já organizavam a defesa contra ataques de mísseis e morteiros, de acordo com um ativista Hadi Abdullah e o Observatório Sírio. De acordo com as duas fontes, é a investida mais pesada do governo desde que Assad direcionou suas tropas para a região.

A intensa batalha e troca de tiros podiam ser ouvidas da cidade de Homs, na fronteira com o Líbano, que fica a 25 quilômetro de distância.

A luta pelo controle de Qusair tem reforçado o papel da milícia libanesa Hizbullah na guerra civil síria.

A milícia tentou inicialmente negar seu envolvimento com as forças leais a Assad, mas não pode manter a versão depois de vários de seus soldados terem sido mortos em conflitos sírios.

TURQUIA

Na Turquia, um dos grupos de maior oposição ao governo sírio criticou duramente o grupo libanês por sua participação em Qusair. "Alguns libaneses estão sendo enviados à Síria como invasores apenas para retornar ao seu país em caixões envolvidos por vergonha", disse George Sabra, da Coalizão Nacional Síria.

Os acontecimentos de ontem foram acompanhados por um discurso feito por Hassan Nasrallah, líder do Hizbullah, em seu primeiro discurso desde que a ofensiva começou.

A fala do líder coincide com o aniversário da retirada de forças israelenses do sul do Líbano, comemorado pela milícia como uma vitória.

Entretanto, o aniversário deste ano acontece em um momento em que o Hizbullah enfrente crescentes críticas no Líbano por seu envolvimento na guerra síria.

O conflito na Síria tem respingado repetidamente sobre o Líbano. Oponentes e aliados de Assad tem participado de conflitos na cidade portuária de Trípoli, no norte do Líbano, usando granadas e artilharia em áreas densamente povoadas.

Quatro pessoas foram mortas ontem durante tiroteio, em uma semana de conflito que acumula 29 mortos, incluindo três soldados libaneses, disse um oficial das forças desse país, que falou sob condição de anonimato. Mais de 200 pessoas teriam sido feridas.

EUROPA

O Hizbullah também tem sofrido críticas na Europa por causa de sua colaboração com o regime sírio.

No começo desta semana, França e Alemanha se juntaram a uma iniciativa britânica para declarar o Hizbullah uma organização terrorista.


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