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Taleban ataca o palácio presidencial afegão

Ataque deixa ao menos sete mortos e lança dúvidas sobre o diálogo de paz com os EUA

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Militantes do Taleban atacaram ontem o palácio presidencial do Afeganistão, na capital, Cabul. Um insurgente morreu ao detonar uma bomba presa ao corpo e, segundo o governo, outros quatro foram mortos pelas forças de segurança. Ao menos dois guardas também morreram.

Segundo repórteres que estavam no local para entrevistar o presidente Hamid Karzai, o ataque começou quando um homem abriu fogo em um rifle contra guarda-costas. Forças afegãs e agentes americanos revidaram o ataque com tiros e explosões.

O Taleban assumiu a autoria do atentado, que desencadeou confronto que durou quase uma hora e meia.

Um oficial disse que pelo menos cinco militantes usaram identidades falsas para tentar atravessar as barreiras da "zona verde". Ao tentar furar o bloqueio, um veículo foi parado e seus ocupantes dispararam tiros e granadas.

Altamente militarizada, a região é tida como a mais segura de Cabul. Além do palácio presidencial --uma fortificação construída no século 19--, o lugar abriga o Ministério da Defesa e o quartel da CIA (Agência Nacional de Inteligência, em inglês) no país.

James Dobbins, enviado do governo americano para amenizar a tensão entre afegãos e Taleban, disse que os EUA ainda apuravam o compromisso do grupo fundamentalista islâmico com o diálogo.

O incidente acontece dias depois de o presidente Karzai levantar objeções a conversas de paz mediadas pelos EUA.

Para analistas, o ataque revela dissidências internas do Taleban. O grupo governou o país entre 1996 e 2001, ano em que começou a invasão liderada pelos EUA, e abriu há pouco escritório em Doha, no Qatar. De lá, propôs dialogar com o presidente afegão e o governo americano.

Forças afegãs acreditam que o ataque tenha sido conduzido pela rede Haqqani, ligada ao Taleban e suspeita de conexões com a Al Qaeda.

No sul do país, um micro-ônibus foi atingido por uma bomba em uma estrada em Candahar, matando onze pessoas da mesma família. Ainda não há informações sobre a autoria do ataque.


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