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Direita chilena definirá candidato único

Após apresentar nome de Evelyn Matthei, coalizão fará nova consulta para confirmar quem disputará eleições

Presidente Sebastián Piñera exigiu unidade após partido contestar Matthei e acenar com candidatura paralela

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Pressionados pelo presidente Sebastián Piñera, os partidos de situação do Chile se comprometeram ontem a realizar um novo "procedimento eleitoral" para definir quem será o representante da direita nas eleições presidenciais, em novembro.

A decisão foi tomada num encontro de dirigentes da UDI (União Democrática Independente) e da RN (Renovação Nacional), realizado no palácio de La Moneda, sede do Executivo chileno.

Ao final do encontro, os presidentes da RN, Carlos Larraín, e da UDI, Patricio Melero, leram um comunicado conjunto à imprensa: "Chegamos a um acordo segundo o qual vamos esgotar todos os meios para que, nos próximos dias, se decida um procedimento eleitoral mais amplo que uma convenção".

Não ficou claro, porém, se haverá novas prévias para escolher o nome da coalizão até 19 de agosto, data-limite para a inscrição de candidaturas presidenciais.

Nas primárias de 30 de junho, o ex-ministro da Economia Pablo Longueira,da UDI, derrotou o ex-ministro da Defesa Andrés Allamand, da RN --partido do presidente Piñera. Na semana passada, porém, Longueira desistiu da campanha devido a um quadro de depressão.

A UDI, então, decidiu substituí-lo por Evelyn Matthei, que ontem se desligou do cargo de ministra do Trabalho e começou a fazer campanha.

Havia a impressão de que a direita estaria unida em torno de Matthei, pois Allamand saíra das prévias desgastado pelo atrito com outros membros do partido.

Dirigentes da RN, porém, criticaram a decisão da UDI assim que ela foi tomada, afirmando que um acordo para anunciar um nome consensualmente fora rompido.

Diante da iminência de a RN lançar uma candidatura paralela, Piñera cobrou unidade da coalizão. Em uma entrevista a uma rádio, ontem, o presidente disse que os dois partidos deveriam deixar de lado "suas ambições" para juntar forças na disputa contra a candidata da coalizão centro-esquerdista Concertação, a ex-presidente Michelle Bachelet.

Ela é favorita para voltar a ocupar o cargo, com mais de 60% das intenções de voto.

Piñera também participou da reunião de ontem e emitiu sua opinião por meio da porta-voz Cecilia Pérez. "O mecanismo [de escolha do candidato], eles [os partidos] determinarão. Os candidatos, eles determinarão. Mas, como governo, pedimos a eles que seja a unidade o que finalmente sobressaia."

Pérez reconheceu, ainda, que a direita chilena, "sem dúvida, está passando por maus momentos".

Mesmo após as declarações de Piñera, o fogo amigo continuou. O vice-presidente da RN, Manuel José Ossandón, disse que a ADI não aceitaria apoiar uma eventual candidatura de Allamand.


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