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EUA prometem resolver tensão com Brasil

Após reunião de chanceler brasileiro em Washington, Casa Branca diz que questões sobre espionagem são legítimas

Ministro brasileiro terá novas reuniões hoje com nomes do governo Obama para tratar de vigilância de Dilma

FERNANDO MELLO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM WASHINGTON

A Casa Branca considerou ontem que o Brasil levantou "questões legítimas" sobre a espionagem da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA) a respeito da presidente Dilma Rousseff e prometeu "trabalhar" com o governo brasileiro para resolver "as tensões" geradas pelo tema.

A declaração foi dada em comunicado após encontro em Washington entre o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, e a conselheira de Segurança Nacional dos EUA, Susan Rice.

Apesar do esforço retórico americano, no lado brasileiro a reunião com Rice foi considerada insuficiente. Segundo a Folha apurou, o chanceler brasileiro, que não deu declarações à imprensa ontem, terá uma nova rodada de conversas com assessores da Casa Branca hoje.

A expectativa é de que o ministro fale sobre as denúncias após essa nova rodada de conversas.

A viagem de Figueiredo aos EUA estava prevista anteriormente, mas ganhou outro peso na semana passada, quando a presidente Dilma conversou com o presidente Barack Obama em São Petesburgo, na Rússia, às margens da reunião do G20 (grupo das maiores economias do mundo).

Na rápida reunião, Obama se comprometeu, segundo Dilma, a transmitir explicações formais sobre a espionagem até ontem.

Segundo dados passados pelo ex-analista da NSA Edward Snowden ao jornalista americano Glenn Greenwald e exibidos no "Fantástico", os EUA tiveram acesso a conversas e mensagens trocadas por Dilma com seus assessores mais próximos. Os EUA não negaram a informação.

No domingo passado, em nova reportagem o programa mostrou documentos em que redes de computadores da Petrobras também aparecem como "alvo" da NSA.

DISTORÇÕES

Na nota da Casa Branca, a porta-voz de Susan Rice, Caitlin Hayden, ponderou que algumas reportagens "distorceram" atividades da NSA e outras "provocaram questões legítimas" que criaram "tensões na muito próxima" relação com o Brasil.

Dilma tem viagem de Estado aos EUA prevista para outubro, mas a presidente disse que manter os planos dependerá "das condições políticas" criadas por Obama.

A nota da assessora de segurança americana diz ainda que os "EUA estão levando a cabo uma ampla revisão de suas atividades de inteligência para se assegurar de que são apropriadamente desenhadas" e "consistentes com nossos interesses nacionais, incluindo nossas relações com aliados-chave".


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