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ONU relata massacres dos dois lados na guerra síria

Regime cometeu oito assassinatos em massa; oposição foi responsável por um

Comissão liderada por brasileiro afirma que uma ação militar contra ditador Assad só aumentaria 'sofrimento'

LEANDRO COLON DE LONDRES

Em meio à negociação por um acordo que evite um ataque militar à Síria, um novo relatório da comissão da ONU que investiga crimes da guerra civil no país afirma que houve oito massacres --termo usado no documento-- cometidos pelas forças do ditador Bashar al-Assad e um pelos rebeldes.

Segundo a comissão, liderada pelo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, há provas de assassinatos em massa, intencionais e com autores identificados. Em alguns deles, crianças estavam entre as vítimas.

O relatório foi produzido com base na visita feita pelo grupo entre 15 de maio e 5 de julho --ou seja, é anterior ao ataque com armas químicas de 21 de agosto, nos arredores de Damasco, e não trata desse episódio.

"Forças pró-governo e oposição estão envolvidas na tomada de reféns", diz o texto do relatório, que será debatido na Comissão.

"Indivíduos estão sendo regularmente assassinados em violação ao direito internacional, que criminaliza o assassinato e a execução sem o devido processo legal."

Em comunicado, a comissão afirma que o conflito na Síria "tomou um rumo perigoso" e defende que se busque um acordo político.

Uma opção militar, de acordo com a comissão, só aumentaria o "sofrimento" dos civis e nada contribuiria para mudar o cenário.

EUA e Rússia discutem um acordo para evitar um ataque aos sírios. O presidente Barack Obama, com apoio da França e do Reino Unido, tem defendido a intervenção contra Assad pelo uso de armas químicas. Ele sinalizou, porém, um recuo se o ditador sírio entregar seu arsenal.

A comissão de inquérito afirma que recebeu "alegações" do uso de armas químicas no país "predominantemente pelas forças do governo". Informa, porém, que não conseguiu descobrir os agentes químicos usados, nem o mecanismo para aplicá-los.

Outra comissão da ONU esteve recentemente na Síria só para investigar o uso de armas químicas, mas ainda não divulgou resultado.


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