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Mudança pode ser problema político, avalia economista

FLÁVIA MARREIRO DE SÃO PAULO

Para o economista cubano Pavel Vidal, pôr fim à dualidade de moedas em Cuba ajudará a diagnosticar o real estado da economia, distorcida pelo sistema em vigor.

Pode, porém, gerar problema político para o regime, já que a população esperará melhora econômica que provavelmente não virá.

Leia trechos da entrevista concedida por telefone da Colômbia, onde ele leciona.

Folha - É a mais importante reforma anunciada por Raúl?
Pavel Vidal - É a primeira medida que afeta a economia de maneira "horizontal". E tem uma implicação política. Há muitas expectativas na população de que, quando existir uma só moeda, voltaremos como passe de mágica aos anos 80 [quando a ilha tinha subsídios soviéticos].
Essa brecha entre a expectativa e o que de fato acontecerá pode gerar um problema político. Os problemas são estruturais, não são culpa só da dualidade monetária.

Por que agora?
Uma ideia de que se falou por muito tempo era a de ser necessário esperar um momento de crescimento econômico. Mas nessa espera já estamos há 20 anos, e já existe uma consciência de que eliminar a dualidade monetária deveria ser uma das primeiras medidas.
Se toda a economia está distorcida por isso e você não ajusta, está caminhando em círculos. É só depois disso que se verá onde estão os problemas de eficiência.
Cuba não tem reservas internacionais, não pertence a instituições financeiras internacionais, o PIB não está crescendo. Para mim, a decisão vem agora porque finalmente chegaram a um consenso para implementá-la.

Como vão as reformas?
O que vejo com mais pessimismo é a presença muito grande da planificação central de tudo, do plano anual das empresas. Tudo vai em ritmo muito lento.


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