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ONGs acusam EUA de crime de guerra em uso de drones

Aviões não tripulados alvejam civis, dizem Anistia e Human Rights Watch

Governo americano diz que não atua à margem da lei internacional em suas operações de contraterrorismo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A AI (Anistia Internacional) e a HRW (Human Rights Watch) acusaram ontem o governo americano de "esconder a verdade" sobre o uso de drones no Paquistão e no Iêmen e cobraram maior transparência de dados sobre ataques realizados por aviões não tripulados, além de investigações independentes.

Segundo as organizações, os EUA vêm fazendo ataques ilegais que podem constituir crimes de guerra.

Entre as denúncias está a de que, após um ataque aéreo, drones americanos repetem a investida no mesmo local para atingir quem esteja socorrendo vítimas.

"As pessoas perceberam que devem evitar ajudar os feridos após um ataque de drone", disse uma testemunha paquistanesa ouvida pela Anistia Internacional.

Além disso, as organizações criticam a ausência de assistência médica dos governos americano e paquistanês às vítimas civis de ataques, algo previsto em leis de guerra.

HRW e AI também relataram execuções indiscriminadas de civis e indivíduos que, ainda que filiados a grupos armados, não participaram de ações terroristas.

"Em vez de esconder a verdade, os EUA deveriam assumir sua responsabilidade", disse Steven Hawkins, editor-executivo da AI.

"Essas mortes ilegais devem ser investigadas. É preciso saber quem foi morto e quem responde por isso."

As organizações basearam suas denúncias em pesquisas de campo. A AI visitou nove locais que foram alvos de drones no norte do Waziristão, região paquistanesa que mais sofreu ataques de aviões não tripulados nos últimos anos.

Já a HRW fez levantamento no Iêmen. Os dois países são alvos de drones desde 2004 e 2002, respectivamente.

O governo americano reagiu dizendo que analisará os relatórios produzidos pelas organizações e que os EUA não atuam à margem da lei internacional. Segundo Jay Carner, porta-voz da Casa Branca, "as operações de contraterrorismo dos EUA são precisas, legais e efetivas".

IRÃ

Segundo relatou o "Guardian", o Irã entregou à Rússia uma cópia do drone americano ScanEagle nos bastidores de um encontro em Teerã entre autoridades militares russas e iranianas.

Em dezembro do ano passado, o Irã anunciou que havia capturado o drone, que serviria para fins de espionagem, e prometeu sua produção em massa. Na época, as autoridades americanas refutaram a alegação, dizendo que nenhum de seus drones tinha desaparecido.

"O drone fabricado pelo Irã é símbolo da nossa capacidade técnica. Hoje oferecemos um modelo real dele como presente à força aérea e ao povo da Rússia", teria dito Farzad Esmayeeli, comandante de defesa aérea da Khatam al-Anbia, base militar e industrial da Guarda Revolucionária iraniana.


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