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Ocidente condena repressão na Ucrânia

Chanceleres da aliança militar Otan criticam reação das forças do governo às manifestações nas ruas do país

Oposição comanda atos em várias cidades do país, mas não consegue aprovar uma moção de censura contra premiê

LEANDRO COLON DE LONDRES

Depois da cobrança política da União Europeia, o governo da Ucrânia sofreu críticas dos chanceleres da Otan (aliança militar ocidental) pela repressão aos protestos que tomaram as ruas da capital ucraniana, Kiev.

Reunidos em Bruxelas, os membros da Otan criticaram ontem a reação do governo de Viktor Yanukovich.

"Nós condenamos o uso excessivo da força contra manifestações pacíficas na Ucrânia", diz comunicado divulgado pela Otan, que reúne 28 países, entre eles Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido.

A atitude é simbólica porque pela primeira vez os americanos se manifestam sobre a situação em Kiev, agravada nos últimos dias por causa da pressão do governo russo para que Yanukovich recuasse de um acordo com a UE.

Desde o fim de semana, milhares de manifestantes, sob a liderança de políticos da oposição, foram às ruas pedir a renúncia do presidente, acusado de se aliar à Rússia contra o bloco europeu. Anteontem, o presidente russo, Vladimir Putin, saiu em defesa do colega.

O grupo de chanceleres ressaltou que é preciso respeitar os "compromissos internacionais" e "defender a liberdade de expressão e de reunião" dos seus cidadãos.

Além do comunicado, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, declarou: "Violência não tem lugar num estado europeu".

Ontem, o primeiro-ministro ucraniano, Mykola Azarov, pediu desculpas no Parlamento pelo comportamento das forças policiais.

A declaração foi dada durante sua defesa para derrubar uma moção de censura que a oposição tentou aprovar contra ele. A moção só conseguiu o apoio de 186 dos 450 deputados, 40 a menos que o necessário para retirar o voto de confiança do premiê, o que poderia desestabilizar ainda mais Yanukovich.

Segundo Azarov, não é possível romper com o governo de Putin por causa de contratos de gás assinados com os russos em 2009 pela ex-premiê Yulia Timoshenko.


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