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Por fim de crise, presidente da Ucrânia propõe anistia

Mandatário promete soltar opositores presos se manifestações acabarem

Foi a 1ª reunião entre Yanukovich e líderes de protestos, que querem acordo do país com a União Europeia

LEANDRO COLON DE LONDRES

O presidente ucraniano Viktor Yanukovich tentou ontem convencer a oposição a desistir dos protestos na rua em troca da libertação dos manifestantes presos, do fim da repressão do governo e da retomada do diálogo para assinar um acordo comercial com a União Europeia.

Pela primeira vez desde o início da crise na Ucrânia, em que 500 mil pessoas já foram às ruas pedir a saída do presidente, governo e oposição se reuniram em Kiev.

Entre os adversários de Yanukovich estavam o campeão mundial de boxe, Vitali Klitschko (o "Punho Ferro"), o ex-ministro da Economia Arseny Yatsenyuk, e o nacionalista de extrema direita Oleh Tyahnybok.

A reunião foi considerada um passo importante para solucionar a crise interna, mas está longe de significar um armistício. Um novo protesto contra o governo está marcado para amanhã, quando aliados do presidente prometem também ir às ruas defendê-lo. Ou seja, é cedo para falar em tranquilidade.

À mesa, o presidente anunciou a proposta de liberar manifestantes detidos e sugeriu que o Parlamento também discuta o tema. Ontem, pelo menos nove pessoas presas nas manifestações já haviam sido liberadas. "Devemos libertar os presos e colocar fim a esse conflito", disse, segundo comunicado do governo. A assessoria de Yanukovich não divulgou o que a oposição disse a ele (ignorou inclusive os nomes dos políticos).

Sobre o acordo com o bloco europeu, pivô da crise, o chefe ucraniano disse aos adversários que não há recusa em assiná-lo. O termo, diz, precisa discutido novamente porque prejudica alguns interesses comerciais do país.

"Era necessário dar uma pausa na assinatura. Nós devemos discutir esse assunto com a UE e a Rússia, encontrar uma solução em comum para proteger nossos produtos. Se nós os protegemos, protegemos nossa economia. Nós não recusamos a integração europeia", disse.

Pressionado por Moscou, Yanukovich havia se recusado a celebrar o acerto com a UE. Por causa disso, milhares têm ido às ruas pedir sua saída. A oposição crê que a aproximação da UE pode tirar o país da crise econômica.

Acusado de reprimir com violência os protestos, Yanukovich tenta solução que mantenha o acordo com o bloco, mas não o afaste da Rússia, de quem depende economicamente devido ao fornecimento de gás --a dívida com os russos é de US$ 60 bilhões (R$ 140 bilhões).

O presidente russo, Vladimir Putin, nega estar pressionando o ucraniano, enquanto lideranças da UE cobram da Ucrânia o compromisso do acordo comercial.


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