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OEA impede fala de deputada venezuelana

Usando espaço cedido pelo Panamá, María Corina Machado trataria da atual situação de violência em seu país

Participação dela foi retirada da pauta; antes disso, sessão foi fechada, com apoio do representante do Brasil

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após ter sido impedida de falar na sessão de ontem do Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington (EUA), a deputada opositora venezuelana María Corina Machado pediu que se convoque nova sessão do órgão para "que se conheça a fundo a crise democrática na Venezuela".

A deputada, uma das principais vozes da oposição venezuelana, deveria falar ontem sobre a situação no país, mas a entidade decidiu retirar a sua apresentação da pauta. Ela está ameaçada de perder sua imunidade parlamentar, o que poderia levar à sua prisão.

O Panamá, que tem sido crítico ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, havia cedido sua cadeira para que ela fizesse seu relato.

Corina pediu ainda que o órgão emita uma resolução para pedir a libertação dos presos políticos e para que cesse a repressão no país.

Ela acrescentou que a OEA deve enviar ao país uma missão formada por democratas de "inquestionável trajetória", como o ex-presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz, Oscar Arias.

O pedido da missão venezuelana para que o ponto da agenda sobre a situação na Venezuela fosse retirado foi aprovado pelos embaixadores dos Estados-membros da OEA por 22 votos a favor, 3 contrários e 9 abstenções.

"Vou acabar falando. Hoje, amanhã ou no dia em que for possível vou falar na sala de sessões da Organização dos Estados Americanos", disse Corina aos jornalistas logo após a votação.

Antes de sua fala ser cancelada, os embaixadores da entidade, atendendo a uma iniciativa da Guatemala, haviam aprovado, por 22 votos a favor, 11 contrários e uma abstenção, que a fala da deputada se daria a portas fechadas. O Brasil apoiou o fechamento da sessão.

O líder opositor Henrique Capriles disse que a OEA precisa ser reinventada, porque se transformou em um clube de interesse dos governos.

"A OEA, há pouco, se transformou num clube de interesses dos governos de turno. Não defende os povos", afirmou em sua conta no Twitter.

Segundo a Folha apurou, o Palácio do Planalto não tem interesse que a OEA examine o caso da Venezuela por enquanto. O governo Dilma defende que o caso seja abordado na esfera da OEA só após a missão da Unasul investigar o governo Maduro e as acusações de violação de direitos humanos, o que deve ocorrer na semana que vem.

Os protestos na Venezuela, que começaram em fevereiro, já deixaram 31 mortos e cerca de 400 feridos.


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